Brasil, 15 de setembro de 2025
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Negociações globais e tensões comerciais: atualização em Madri

Bessent indica avanços na questão do TikTok, mas turbulências nas negociações entre EUA e China persistem em Madri

As negociações entre Estados Unidos e China em Madri continuam delicadas, com avanços no acordo do TikTok contrapostos a atritos em temas comerciais e de segurança nacional. Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, afirmou nesta segunda-feira que as discussões sobre a plataforma chinesa estão “muito próximas” de um entendimento, embora tenham havido exigências consideradas agressivas por parte do lado chinês. As conversas ocorreram no contexto de uma reunião de dois dias na capital espanhola, envolvendo representantes das maiores economias do mundo.

Tensão na negociação do TikTok e disputa comercial

“Estamos muito próximos ou já resolvemos a questão do TikTok”, declarou Bessent ao chegar ao local, acrescentando que há sinais positivos. Ainda assim, ele destacou que “o lado chinês fez exigências agressivas”, sem detalhar as demandas. Enquanto isso, o governo americano trabalha para obrigar a ByteDance, controladora do TikTok, a vender suas operações nos EUA antes do prazo estabelecido, sob risco de o aplicativo ser proibido de operar no país.

Após a fala do secretário, o governo chinês anunciou que a Nvidia teria violado leis antimonopólio em Pequim, um movimento que parece ser uma retaliação às restrições dos EUA sobre semicondutores chineses. Essa troca de acusações reforça o clima de tensões acirradas, que também envolvem tarifas comerciais e controles industriais.

Desafios nas negociações econômicas e políticas

As negociações entre Washington e Pequim abordaram também a questão do comércio, embora sem pistas de um caminho claro a seguir diante das diferenças. Os EUA querem separar as demandas comerciais das questões de segurança, enquanto a China busca relacionar ambas questões ao acordo do TikTok, dificultando o avanço.

Recentemente, Pequim lançou investigações contra a indústria de semicondutores dos EUA, após a inclusão de 23 empresas chinesas na lista de restrições americanas, incluindo fabricantes de chips. No âmbito geopolítico, Trump mantém a estratégia de pressionar a China, propondo tarifar até 100% as compras de petróleo russo feitas pelo país, uma medida que aumenta a pressão econômica sobre Pequim, além de manter a trégua de 90 dias sobre tarifas comerciais.

Contexto internacional e futuro das negociações

As conversas ocorrem em um momento de alta tensão diplomática, com possibilidades de encontro entre Trump e Xi Jinping ainda em discussão, enquanto autoridades intensificam esforços para evitar um colapso na recente rodada de negociações. Segundo fontes oficiais, o primeiro dia de negociações durou quase seis horas e abordou temas que vão desde o TikTok até questões econômicas e de segurança global. Apesar das dificuldades, especialistas avaliam que o diálogo ainda pode produzir avanços importantes, mas alertam que o cenário permanece volátil.

A expectativa agora é que as próximas semanas sejam decisivas para definir os rumos das disputas comerciais e tecnológicas, com impacto direto nas relações bilaterais e na estabilidade global. A possibilidade de uma nova rodada de sanções e restrições comerciais reforça a complexidade do momento, no qual interesses econômicos se entrelaçam com disputas geopolíticas de alto nível.

Para acompanhar os desdobramentos, consulte a matéria completa no Globo.

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