O governador de Utah, Spencer Cox, confirmou nesta sexta-feira (15) que o homem acusado de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk vivia com uma parceira transgênero, que também está colaborando com as investigações. O suspeito, Tyler Robinson, de 22 anos, foi preso após o ataque ocorrido na Utah Valley University e deve ser formalmente acusado na próxima terça-feira, dia 16.
Detalhes sobre o suspeito e sua rede familiar
De acordo com Cox, Robinson possui um relacionamento com uma pessoa que está em processo de transição de gênero, sendo essa parceira quem está colaborando com as autoridades. “Ela tem sido muito cooperativa, enquanto Robinson permanece em silêncio na delegacia”, afirmou Cox ao ressaltar que a motivação do crime ainda está sendo investigada.
A família do suspeito é de orientação conservadora, mas há evidências de que sua ideologia tenha sido influenciada por fatores externos. O governador explicou que, apesar de Cainhar uma origem distinta da de Robinson, há indícios de uma radicalização ideológica. “Estamos analisando todas as informações, incluindo mensagens trocadas por ele em redes sociais, que indicam uma forte dose de radicalismo”, completou Cox.
Investigações aprofundadas pela FBI e mensagens suspeitas
Segundo o diretor do FBI, Kash Patel, as mensagens trocadas por Robinson revelam uma possível intenção de cometer o crime. “Ele teria conversado, em chats na plataforma Discord, sobre a oportunidade de eliminar Charlie Kirk devido ao seu posicionamento político”, destacou Patel. As mensagens também continham referências a ações violentas, incluindo a frase “Hey, fascist. Catch!” e a letra da canção italiana anti-fascista “Bella Ciao”.
Desde a prisão na noite de 11 de setembro, Robinson não falou com as autoridades, mas a parceira trans e outros familiares forneceram informações valiosas. O suspeito também teria enviado uma nota, posteriormente destruída, na qual expressava a intenção de atacar Kirk. Câmeras de segurança, além de evidências de DNA, confirmam sua presença no local do crime.
Contexto político e motivações do ataque
Charlie Kirk foi baleado enquanto respondia a uma pergunta sobre questões de gênero e violência armada. Kirk apoiava projetos de restrição de armas para pessoas trans, após um tiroteio numa igreja católica em Minnesota, realizado por um indivíduo que se identificava como transgênero. O episódio reacendeu debates sobre a influência de ideologias extremistas na violência política.
O governador Cox afirmou que o ataque foi motivado por um ódio ideológico, reforçando que Robinson tinha trocado mensagens de repúdio às ideias defendidas por Kirk, além de evidências de uma formação radical. “Essa pessoa passou a adotar uma visão radicalizada, o que infelizmente resultou neste episódio trágico”, declarou Cox.
Cooperação internacional e o papel do FBI
O FBI informou que está analisando as comunicações do suspeito em plataformas virtuais, incluindo chats em que ele mencionou a vontade de assassinar Kirk. Patel destacou que a investigação busca determinar se houve uma rede maior por trás do crime. “Estamos ouvindo pessoas que conversaram com ele e verificando suas atividades online”, afirmou o diretor do FBI.
Enquanto a investigação prossegue, a comunidade conservadora expressou preocupação com a polarização crescente e o uso de violência contra figuras públicas. A polícia também trabalha para esclarecer se Robinson agiu sozinho ou se há outros envolvidos no plano.
Próximos passos na investigação
As autoridades civis esperam formalizar as acusações contra Robinson na próxima terça-feira, incluindo possíveis acusações de tentativa de homicídio e ameaça terrorista. O caso continua sendo objeto de análises detalhadas, a fim de compreender as motivações e o grau de radicalização do suspeito.
