Brasil, 15 de setembro de 2025
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Filha de ministro do STF é agredida na UFPR durante protesto

Melina Fachin, filha do ministro Edson Fachin, foi alvo de xingamentos e cusparadas na UFPR, destacando o clima de intolerância nas universidades.

A tensão em ambientes acadêmicos está em alta no Brasil e, no último dia 12 de setembro, a filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, Melina Fachin, foi vítima de agressões verbais e físicas no campus da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O incidente destaca uma preocupante escalada na intolerância política que tem se intensificado nas instituições de ensino do país.

A agressão e suas circunstâncias

Segundo relatos do marido de Melina, o advogado Marcos Gonçalves, o ataque ocorreu no final da manhã do dia 12. Um homem, que não se identificou, se aproximou da professora e disparou uma cusparada em sua direção, acompanhada de xingamentos que a chamavam de “lixo comunista”. O episódio, além de violento, reflete o clima de hostilidade que permeia o debate político atual no Brasil.

Melina Fachin é professora e diretora da Faculdade de Direito da UFPR, onde já tem um histórico de envolver-se em discussões sobre temas políticos e jurídicos. Em uma declaração emitida nas redes sociais, Gonçalves ressaltou que “esta violência é fruto da irresponsabilidade e da vilania de todos aqueles que se alinharam com o discurso de ódio propagado desde o esgoto do radicalismo de extrema direita, que pretende eliminar tudo que lhe é distinto”.

“Embora a situação tenha gerado uma onda de indignação, estamos lidando com um contexto mais amplo de radicalização política em nosso país.”

A resposta da universidade

Após o incidente, a UFPR ainda não se manifestou oficialmente, mas o Metrópoles tentou contato com a instituição e com Melina Fachin, sem sucesso até o momento da publicação desta reportagem. A universidade permanece aberta a manifestações e a relatos sobre o ocorrido.

Contexto de intolerância nas universidades

Este não foi o primeiro episódio de hostilidade registrado na UFPR recentemente. Apenas três dias antes, em 9 de setembro, um evento sobre o STF, que contava com a participação de figuras controversas, acabou gerando tumulto no campus. Um grupo de estudantes bloqueou o acesso ao prédio da faculdade de Direito, levando a uma situação de confronto com segurança. O evento foi criticado por muitos universitários, que o consideraram “antidemocrático”.

A UFPR se posicionou à época, afirmando que as forças de segurança reagiram de maneira desproporcional em relação à comunidade acadêmica, que tentava se manifestar contra o evento. “Conforme vídeos, um grupo com os palestrantes forçou a entrada, empurrando o vice-diretor do setor, o que desencadeou uma série de reações” informou a universidade.

Reflexão sobre a liberdade de expressão

O ocorrido destaca um dilema premente sobre a liberdade de expressão nas universidades. As instituições de ensino superior têm a responsabilidade de serem ambientes de debate e respeito às diferenças. Entretanto, a escalada do extremismo político e o uso da violência como forma de silenciar vozes divergentes levantam questões sérias sobre o futuro dos espaços de aprendizado no Brasil.

A sociedade brasileira, em um momento tão polarizado, precisa refletir sobre a importância de manter o diálogo e o respeito. O ataque a Melina Fachin é um triste lembrete de que a intolerância não deve ter espaço em ambientes que deveriam ser promotores de conhecimento e cidadania.

Os desafios de promover um ambiente democrático nas universidades é um tema que merece ser observado com atenção. Com a necessidade de assegurar que todos possam expressar suas opiniões sem medo de represálias, o Brasil precisa encontrar um caminho viável para reverter o clima de divisão e ódio que tem permeado a esfera pública.

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