O crime brutal que ocorreu na tarde desta segunda-feira (15) em Praia Grande, no litoral de São Paulo, chocou a sociedade e chamou a atenção das autoridades. O delegado Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado geral da Polícia Civil do estado, foi executado a tiros em plena via pública, com mais de 20 disparos sendo registrados durante o ataque. O fato levanta preocupações sobre a segurança e a escalada da violência em várias regiões do Brasil.
Atentado em plena luz do dia
O atentado aconteceu na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas, por volta das 18h, nas imediações do Fórum do município. O delegado geral de São Paulo, Arthur Dian, afirmou que a ação foi intensa e rápida: “Pelo que contamos, foram mais de 20 disparos efetuados aqui no local.” A Polícia Militar foi imediatamente acionada, e as equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constataram a morte de Ruy Ferraz Fontes no local.
De acordo com Dian, os criminosos dispararam contra várias partes do corpo da vítima, atingindo braços, pernas e abdômen de forma indiscriminada. O atentado não resultou em ferimentos apenas ao delegado; um homem e uma mulher que passavam pelo local também foram baleados, mas, felizmente, não correm risco de morte.
A resposta das autoridades e a investigação
A Secretária de Segurança Pública de São Paulo informou que, logo após o ocorrido, policiais militares puderam rapidamente localizar o veículo usado pelos criminosos, preservando a cena do crime para a perícia. “Equipes estão em campo, realizando diligências e utilizando ferramentas de inteligência para identificar, prender e responsabilizar os envolvidos”, afirmou a secretaria. O caso mostra a necessidade urgente de ações coordenadas para combater a impunidade e aumentar a segurança pública.
Quem era Ruy Ferraz Fontes?
Ruy Ferraz Fontes tinha mais de 40 anos de experiência na Polícia Civil e foi um nome importante no combate ao crime organizado em São Paulo. Exerceu o cargo de delegado-geral entre 2019 e 2022 e foi uma figura central nas investigações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC). Seu histórico inclui atuações em divisões fundamentais da polícia, como a Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Denarc) e a Delegacia de Homicídios.
Sua trajetória inclui importante participação durante os ataques de 2006, que demonstraram a força do PCC contra as forças de segurança. Entre suas ações estratégicas, estava a transferência de chefes da facção criminosa para presídios federais, uma medida considerada vital para desarticular a organização dentro do sistema penitenciário. Além de suas funções operacionais, Fontes também compartilhava seu conhecimento como professor de Criminologia e Direito Processual Penal, refletindo seu compromisso com a formação de novos profissionais na área.
A comoção na comunidade
A morte de Ruy Ferraz Fontes gerou um sentimento de luto na comunidade local e na esfera da segurança pública. A Prefeitura de Praia Grande, em nota, lamentou a perda e destacou a importância de campanhas e ações diárias para preservar a segurança dos cidadãos. A tragédia se torna um chamado à ação para que as autoridades se mobilizem e ofereçam uma resposta eficaz diante da crescente violência.
A sociedade clama por maior proteção e medidas que elevem a segurança pública, especialmente em tempos em que episódios de violência têm se tornado frequentes. O legado deixado por Ruy Ferraz Fontes, um defensor incansável da justiça, não será esquecido, e seu assassinato exige um pronúncia firme contra as práticas criminosas que ameaçam a paz em São Paulo e no Brasil.
Um novo alerta sobre a corrupção, o crime organizado e a proteção aos agentes de segurança é necessário, com um chamado à ação para fortalecer a colaboração entre as instituições e a sociedade civil na luta por um Brasil mais seguro.
O caso de Ruy Ferraz Fontes é mais um entre tantos que evidenciam o desafio complexo e multifacetado que autoridades e cidadãos enfrentam diariamente. A esperança é que a memória de líderes dedicados como ele motive uma renovação no comprometimento com a segurança e a justiça no país.
