Brasil, 15 de setembro de 2025
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CPMI do INSS propõe delação premiada e mudanças na legislação

A CPMI do INSS planeja solicitar ao STF o fechamento de acordos de delação em investigações sobre descontos ilegais.

No dia 15 de setembro, o presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), anunciou que a comissão irá propor ao Supremo Tribunal Federal (STF) a possibilidade de fechamento de acordos de delação premiada com investigados envolvidos em descontos ilegais. Caso essa proposta não seja aceita, o colegiado planeja sugerir mudanças na legislação para que comissões de inquérito do Congresso possam estabelecer acordos de colaboração premiada durante suas investigações.

A situação atual dos acordos de delação

Atualmente, a negociação de acordos de delação e colaboração é competência exclusiva do Ministério Público e da Polícia Federal. Segundo Viana, o papel dos parlamentares, como membros da CPMI, é semelhante à função exercida pelas instâncias judiciárias. “Estamos em busca de uma solução que favoreça o esclarecimento dos fatos e a justiça”, disse o senador.

Ele explicou ainda que, junto com o relator da CPMI, Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), já têm mantido contato com alguns investigados e testemunhas que demonstraram disposição em colaborar com os trabalhos da comissão. Essas interações poderão resultar em propostas de acordos que serão levadas ao ministro André Mendonça, que é o relator do inquérito no STF.

Proposta para reverter decisões do STF

Entre as propostas em discussão, Viana também sugeriu a inclusão de mecanismos na Lei 1.579/52, conhecida como a Lei das CPIs, que permitam aos colegiados derrubarem decisões do Supremo. Isso tornaria possível que convocados não fossem obrigados a comparecer e prestar esclarecimentos, situação que se destacou no caso de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “o careca do INSS”.

Antunes, que foi preso na última sexta-feira (12/9), tinha afirmado em sua defesa que iria comparecer ao Senado para prestar depoimento, mas sua presença foi tornada opcional por uma decisão judicial. Viana expressou sua preocupação em relação a essa prática, afirmando: “Se houver uma continuidade por parte do Supremo de manter habeas corpus para que as pessoas não sejam obrigadas a comparecer, nós vamos propor uma mudança na lei das CPIs. Nós, como parlamentares, podemos definir com clareza quais são as regras.”

Impacto das delações premiadas nas investigações

A iniciativa de permitir acordos de delação premiada na CPMI do INSS pode ter um impacto significativo nas investigações em andamento. Com a possibilidade de negociar acordos, os parlamentares podem obter informações valiosas que ajudem a esclarecer eventuais irregularidades e fraudes relacionadas ao INSS.

Viana e Gaspar acreditam que essa abordagem não apenas aumentará a transparência das investigações, mas também incentivará a cooperação dos envolvidos, que podem ter mais interesse em colaborar se houver a possibilidade de uma redução de penas ou outros benefícios.

Considerações finais

A proposta e as mudanças na legislação sugeridas pela CPMI do INSS ainda precisam ser aprovadas e podem gerar controvérsias em meio ao debate sobre a atuação do Judiciário e do Legislativo. Contudo, é inegável que a eficiência nas investigações dependerá da colaboração entre as diferentes esferas do governo, além da disposição das partes em buscar um entendimento que favoreça a justiça.

À medida que a CPMI avança em suas discussões, novos desdobramentos podem ocorrer, e o resultado dessas iniciativas terá um impacto importante na forma como se conduzem as investigações de fraudes no INSS nos próximos meses.

Para mais detalhes sobre a CPMI do INSS, você pode acompanhar o link da fonte.

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