Brasil, 15 de setembro de 2025
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Brasil enfrenta tensões diplomáticas e desafios na era da inteligência artificial

Acordos comerciais, regulação digital e a influência da inteligência artificial estão no centro do avanço das relações Brasil-EUA

Nos últimos dez dias, o governo americano reforçou sua postura diante do Brasil, ao incluir mais 40 itens na lista de isenções da sobretaxa de 40%, indicando um ajuste na política tarifária. Enquanto isso, discussões sobre sanções e regulação digital revelam a complexidade da relação bilateral, influenciada pelo avanço da inteligência artificial e questões geopolíticas.

Regras comerciais e impacto na economia brasileira

A medida, que exclui produtos como celulose e ferro-gusa, que não são produzidos nos EUA, busca melhorar a competitividade brasileira no mercado norte-americano. Segundo a advogada Carol Monteiro de Carvalho, as mudanças indicam um esforço de ajuste fino na tarifação para mitigar efeitos inflacionários nos EUA, que atingiram 2,9%. Donald Trump e o secretário de Estado Marco Rubio alertaram para possíveis novas sanções contra o Brasil, alimentando especulações sobre uma escalada na tensão diplomática, avalia o cientista político Gustavo Macedo, do Insper.

Tensão política e influência cultural entre Brasil e EUA

O cenário político internacional evidencia uma deterioração nas relações, alimentada por questões de segurança, comércio e regulação digital. Segundo Macedo, um dos focos é a insatisfação dos EUA com a regulação das plataformas digitais no Brasil, tema mencionado por Trump em carta enviada a Lula em julho. O especialista destaca que a dependência cultural do Brasil em relação aos EUA é significativa, especialmente no uso de aplicativos e redes sociais, fator que pode prolongar a tensão até 2026.

Regulação digital e soberania do Brasil

O país começou a se organizar tardiamente para definir sua soberania digital, enfrentando o desafio de equilibrar suas alianças com potências globais como Estados Unidos e China. A instalação de um data center do TikTok no Nordeste norte-americano reforça a preocupação com o controle e a segurança de dados, exigindo expansão de infraestrutura energética e tecnológica. A estratégia brasileira agora busca construir uma soberania digital sem ferir interesses de ambas as nações, avalia Macedo.

Gigantes da tecnologia e desafios de regulação

O atraso na regulação desse setor é um fenômeno global, e o Brasil se destaca por sua mobilização popular que influencia mudanças políticas. O governo vem atuando, de forma coordenada entre Executivo, Legislativo e Judiciário, para regulamentar o uso de aplicativos, especialmente na proteção de menores. Segundo Macedo, a opinião pública brasileira, por sua maturidade democrática, ainda tem peso nas decisões que moldam a política de tecnologia no país.

Ano decisivo para o futuro digital do Brasil

O movimento da geopolítica mundial, com o avanço da inteligência artificial como questão estratégica, evidencia a importância do Brasil na arena global. Países como Estados Unidos e China disputam influência no Brasil, especialmente em áreas de energia, minerais raros e tecnologia. A instalação de centros de dados e o desenvolvimento de políticas de soberania digital serão decisivos para manter a autonomia brasileira sem antagonizar as potências globais, conclui Macedo.

Para mais detalhes, leia o artigo completo.

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