Brasil, 15 de setembro de 2025
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Agressão à professora Melina Fachin gera repercussão na UFPR

A Universidade Federal do Paraná investiga agressão sofrida pela professora Melina Fachin após incidente no campus. Saiba mais.

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) divulgou uma nota nesta segunda-feira (15/9) informando que está analisando a agressão sofrida pela professora Melina Fachin, filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin. O incidente, ocorrido na última sexta-feira (12/9), será debatido em uma reunião do Conselho de Planejamento e Administração (COPLAD) da universidade marcada para terça-feira (16/9).

Análise do caso

A nota da UFPR enfatiza que o caso de Melina Fachin será oficialmente apreciado pelo COPLAD, embora a universidade ainda não tenha detalhado se abrirá um procedimento interno para apurar os fatos. Jornais locais, como o Metrópoles, tentaram entrar em contato com a professora, mas não obtiveram retorno. O espaço para manifestação dela continua aberto.

O que aconteceu com Melina Fachin

Na sexta-feira, Melina, que é professora e diretora da Faculdade de Direito da instituição, foi alvo de ataques verbais e físicos no campus da UFPR, em Curitiba. De acordo com relatos do marido dela, o advogado Marcos Gonçalves, um homem branco se aproximou da docente e a chamou de “lixo comunista” antes de cuspir em sua direção. O ato foi descrito como um reflexo de um movimento crescente de intolerância.

Repercussão nas redes sociais

Marcos Gonçalves, o marido de Melina, publicou uma nota em suas redes sociais, na qual classificou a agressão como resultado do “discurso de ódio propagado pelo radicalismo de extrema direita”. Ele afirmou: “Esta violência é fruto da irresponsabilidade e da vilania de todos aqueles que se alinharam com o discurso de ódio propalado desde o esgoto do radicalismo, que pretende eliminar tudo que lhe é distinto.” Essa declaração gerou grande repercussão nas redes sociais e levantou debates sobre a segurança no ambiente acadêmico.

Manifestação da OAB

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também se manifestou sobre o caso e repudiou “veementemente” o ataque. Em comunicado, a OAB afirmou que “a democracia exige o respeito às liberdades, ao pluralismo e à convivência pacífica, sobretudo no espaço acadêmico, que deve ser preservado como ambiente de diálogo e de construção do conhecimento — jamais como palco para violência, intolerância ou tentativas de silenciamento”.

Outros episódios de violência na UFPR

Esse incidente ocorre em um contexto de crescente tensão no campus da UFPR. Recentemente, em 9 de setembro, um grupo de estudantes bloqueou o acesso ao prédio da Faculdade de Direito durante um evento intitulado “O STF e a interpretação constitucional”, que contava com a participação do vereador de Curitiba, Guilherme Kilter (Novo), e do advogado de ideologia bolsonarista, Jeffrey Chiquini. Parte dos alunos classificou a atividade como “antidemocrática”, culminando em uma onda de manifestações e descontentamento.

Discussão sobre liberdade de expressão

Os eventos recentes na UFPR levantam questões cruciais sobre a liberdade de expressão e o ambiente de diálogo nas instituições de ensino superior. O caso de Melina Fachin ilustra um clima que pode estar se deteriorando devido a ideologias extremistas que desafiam os pilares fundamentais da democracia e da convivência pacífica. É fundamental que as universidades se tornem refúgios para o debate construtivo, sem medo de represálias ou agressões.

A situação na UFPR é um eco do que se observa em várias partes do país e do mundo, em que a polarização política se torna cada vez mais intensa e a violência verbal e física se torna uma resposta comum à discordância. A expectativa é que a UFPR tome medidas significativas para processar os eventos e preservar a integridade de seus membros, além de fomentar um ambiente acadêmico seguro e respeitoso.

Com o aumento da tensão nos ambientes acadêmicos, é essencial que a sociedade reforce a importância do respeito mútuo e do diálogo. O processo de formação de opiniões deve ser seguro e livre, permitindo que todos os indivíduos possam expressar-se sem medo de retaliações ou agressões.

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