Brasil, 14 de setembro de 2025
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Uruguaia conquista bronze histórico em campeonatos mundiais de atletismo

A atleta Julia Paternain faz história ao garantir a primeira medalha do Uruguai em mundiais de atletismo, em Tóquio.

Julia Paternain viveu um momento épico na manhã deste domingo (14) em Tóquio, Japão. Ao cruzar a linha de chegada da maratona feminina, não tinha plena consciência de que havia feito história para o Uruguai, sagrando-se a primeira medalhista do país em campeonatos mundiais de atletismo ao conquistar a medalha de bronze.

Desempenho surpreendente em Tóquio

Com 25 anos e uma trajetória inicial na maratona, que começou em março deste ano com um tempo de 2h27min09s, Paternain não era considerada uma das favoritas. Classificada apenas na 288ª posição do ranking mundial, sua participação parecia mais um passo em sua jornada do que uma chance real de medalha. No entanto, em Tóquio, a uruguaia impressionou ao completar o percurso em 2h27min23s, superando competidoras renomadas da modalidade. Apenas Peres Jepchirchir, campeã olímpica de 2021, e Tigst Assefa, recordista mundial, chegaram à frente dela.

“Eu realmente não conseguia acreditar, não tinha ideia de onde estava. Sabia que estava entre as oito melhores, mas tinha muito medo de olhar para trás”, disse Paternain, ainda atordoada com a realização. “No final de uma maratona, você está cansada, seu cérebro não está funcionando direito. Então, fiquei um pouco confusa, mas estou extremamente grata e, honestamente, em choque.”

Raízes e expectativas no atletismo

A história de Julia é marcada por uma diversidade cultural significativa. Filha de acadêmicos uruguaios, nasceu no México, cresceu na Inglaterra e treinou nos Estados Unidos. Representou a Grã-Bretanha em competições juvenis até decidir competir pelo Uruguai neste ano, impulsionada por um vínculo afetivo com suas raízes. “Cresci na Inglaterra, mas toda a minha família é do Uruguai. É um país pequeno e acho que é um pouco esquecido. Mas tenho muito orgulho de representar o Uruguai”, declarou.

Os treinos em Flagstaff, EUA, foram focados em terminar a prova bem, talvez entre as 30 melhores. “Conversei com meu treinador na noite anterior à corrida. O objetivo A era ficar entre as oito primeiras. Uma medalha? Nem no radar”, relembrou.

O feito de Paternain é particularmente significativo para o Uruguai, um país de pouco mais de três milhões de habitantes que, apesar de sua paixão pelo esporte, não possui uma presença forte no cenário mundial do atletismo. Sua medalha representa mais do que um bronze; é uma conquista que eleva o espírito esportivo de uma nação e promete inspirar futuras gerações de atletas.

Olhos no futuro

Com a medalha ainda em mãos, Julia Paternain não planeja fazer projeções a longo prazo, exceto um sonho distante que brilha ao longe: os Jogos de Los Angeles em 2028. Até lá, ela decidiu viver “mês a mês”, uma abordagem que reflete sua humildade e a consciência de que o destino gosta de surpreender.

O sucesso de Julia Paternain não é apenas uma vitória pessoal. É um novo capítulo na história do esporte uruguaio e um lembrete poderoso de que, com determinação, tudo é possível. Sua jornada inspira não apenas a geração atual, mas também aqueles que sonham em deixar sua marca no mundo do esporte.

Julia Paternain faz história em Tóquio, onde a vitória vai além da medalha e desperta um sentimento de orgulho nacional no Uruguai, um país que, como sua atleta, está pronto para brilhar no cenário internacional.

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