No último domingo, o Brasil celebrou uma grande vitória no Mundial de Boxe, realizado em Liverpool, na Inglaterra. A pugilista Rebeca Lima, da categoria 60kg, fez história ao derrotar a polonesa Aneta Rygielska por 3 a 2 em uma luta emocionante e bastante disputada. Essa conquista não só representou o primeiro ouro do Brasil na competição, como também teve um caráter de revanche, já que Rebeca havia perdido para a polonesa anteriormente na Copa do Mundo, em Foz do Iguaçu.
A jornada até a vitória
Rebeca Lima não teve uma trajetória fácil até a conquista do ouro. Com duas derrotas em 2025, uma delas foi para Rygielska, que a derrotou na estreia da Copa do Mundo. A vitória no Mundial, portanto, foi um momento de superação e redenção para a atleta brasileira.
Superação nas semifinais
Antes de alcançar a final, Rebeca teve que enfrentar a cazaque Viktoriya Grafeyeva na semifinal, e sua vitória foi decidida de forma acirrada pelos juízes, que marcaram 4 a 1 a favor da brasileira. Essa luta se tornou ainda mais significativa, pois era uma revanche da decisão da final da Copa do Mundo no Cazaquistão, onde ela havia sido derrotada anteriormente. A determinação e a força de Rebeca foram evidentes durante toda a competição.
O desempenho dos brasileiros no Mundial
Logo após a vitória de Rebeca, o boxeador Yuri Falcão subiu ao ringue, mas acabou perdendo para o uzbeque Asadkhuja Mundinkhujaev, também em uma luta bastante equilibrada. Yuri, que é sobrinho de medalhistas olímpicos como Esquiva e Yamaguchi Falcão, se destacou ao vencer o atual campeão olímpico e garantir seu lugar na final. Apesar da derrota, ele deixou sua marca na competição ao conquistar a medalha de prata.
Força no peso leve feminino
A luta final de Rebeca foi marcada por uma alternância de dominante entre as adversárias, mas a brasileira se destacou nos critérios dos juízes, levando a melhor em três dos cinco cartões. Rygielska, embora competitiva, não conseguiu se sobressair e acabou levando a derrota com duas interpretações a seu desfavor. Essa vitória é um marco importante para o boxe feminino no Brasil, especialmente em uma categoria que já teve representantes de sucesso, como a bicampeã mundial Bia Ferreira.
Próximos desafios e o futuro do boxe brasileiro
Na manhã do mesmo dia, Isaías Ribeiro competiu na final da categoria 90kg contra o uzbeque Turabek Khabibullaev, enquanto Luiz Oliveira também buscou o título na categoria 60kg, enfrentando o campeão mundial Abdumalik Khalokov. A participação dos atletas brasileiros no Mundial de Boxe em Liverpool demonstra a força do Brasil na modalidade, com 14 representantes inscritos, sendo que sete chegaram às quartas de final.
Embora alguns atletas, como Tati Chagas (54kg), Viviane Pereira (75kg) e Wanderley Pereira (80kg), tenham sido eliminados sem medalhas, a performance dos competidores já mostra um potencial promissor para o futuro.
A dedicação e o talento dos boxeadores brasileiros, assim como a emoção da vitória de Rebeca Lima, são um reflexo do crescimento do boxe no país e um incentivo para que futuras gerações continuem a trilhar esse caminho de sucesso nas competições internacionais.