A Polícia Metropolitana de Londres está em alerta após a divulgação de um vídeo em que um manifestante chama abertamente para a execução do Primeiro-Ministro britânico, Keir Starmer, durante uma marcha liderada pelo polêmico Tommy Robinson. Esta declaração alarmante ocorreu em meio a um crescente clima de tensão política e social no Reino Unido.
A ameaça durante a marcha
O incidente aconteceu durante a manifestação “Unite the Kingdom”, que ocorreu em Londres no dia 13 de setembro. O homem, que não foi identificado, foi filmado enquanto clamava: “Keir Starmer precisa ser assassinado, alguém precisa atirar em Keir Starmer”. As palavras foram proferidas em uma entrevista com o ex-conselheiro conservador e teórico da conspiração, William Coleshill, que, embora tenha se oposto diretamente à ideia de assassinato, sugeriu que Starmer deveria ser julgado e, em seguida, “executado legalmente”. É importante lembrar que a pena de morte foi abolida no Reino Unido desde 1965.
Reações e consequências online
Após a viralização do vídeo, que já foi visto milhares de vezes nas redes sociais, houve uma forte indignação do público. Vários internautas expressaram sua preocupação e exigiram que a polícia encontrasse e responsabilizasse o homem responsável por tais declarações. Um comentário nas redes sociais ressaltava: “Espero que a Met [Polícia] consiga prende-lo”.
Investigação em andamento
Em resposta ao incidente, um porta-voz da Polícia Metropolitana afirmou que a corporação está analisando o vídeo e conduzindo investigações para identificar o homem. “Estamos cientes de um vídeo circulando nas redes sociais proveniente do protesto ‘Unite the Kingdom’ em Londres. Os oficiais estão investigando e as diligências continuam para identificar o homem. Até agora, não houve prisões”, informou.
Até a tarde do dia seguinte, nenhuma prisão havia sido realizada em conexão com as ameaças feitas no vídeo. A manifestação por si só reuniu entre 110 a 150 mil ativistas contrários à imigração, e a polícia relatou que seus oficiais enfrentaram agressões e cenas de “violência inaceitável”, enquanto tentavam controlar a situação e evitar confrontos com grupos de contra-manifestantes.
Violência e declarações de Starmer
A polícia revelou que, após a marcha, 25 prisões foram efetuadas. Segundo a polícia, 26 oficiais foram feridos, incluindo quatro que sofreram lesões graves, como dentes quebrados, um nariz possivelmente quebrado, concussão, um disco prolapsado e ferimentos na cabeça. Em resposta à violência ocorrida durante a manifestação, Keir Starmer se pronunciou pelo Twitter, destacando que o povo tem o direito de se manifestar pacificamente, um valor fundamental na cultura britânica. Contudo, ele deixou claro que atos de violência contra oficiais da lei ou intimidações nas ruas não serão toleradas.
Starmer enfatizou: “A Grã-Bretanha é uma nação construída com orgulho sobre a tolerância, diversidade e respeito. Nossa bandeira representa nosso país diverso e nunca a entregaremos àqueles que a usam como símbolo de violência, medo e divisão.”
Esse episódio não apenas ressalta a crescente polarização nas discussões políticas no Reino Unido, mas também coloca em evidência a necessidade urgente de abordagens que garantam a segurança e o respeito ao direito de manifestação pacífica, independentemente da divergência de opiniões.
Conforme a investigação avança, a comunidade aguarda ansiosamente por uma resposta da polícia, enquanto o clima de tensão e polarização política parece aumentar em todo o país.