Brasil, 14 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Papa Leo XIV homenageia mártires do século XXI em ato ecumênico em Roma

O Papa Leo XIV destacou a coragem dos testemunhos de fé dos mártires contemporâneos na missa ecumênica na Basílica de São Paulo fora dos Muros, reforçando que o amor e a esperança permanecem vivos.

FÉ E JUSTIÇA

No domingo, 14 de setembro de 2025, o Papa Leo XIV presidiu uma cerimônia ecumênica na Basílica de São Paulo fora dos Muros, em Roma, para homenagear os mártires e testemunhas de fé do século XXI. A celebração contou com líderes ortodoxos, evangélicos e representantes de organizações ecumênicas, além de autoridades vaticanas.

Mártires modernos: testemunho de fé que ultrapassa a morte

Durante a missa, o Papa reafirmou que, apesar de mortos em corpo, os mártires de hoje continuam a falar por suas ações. “Mesmo que tenham sido mortos, ninguém consegue silenciar sua voz ou apagar seu amor”, afirmou Leo XIV. “A cruz de Jesus revela a face do Deus infinito, que veio ao encontro da humanidade oprimida e perseguida.”

Ele destacou que muitos fiéis ainda compartilham do sofrimento de Cristo, sendo perseguidos por sua fidelidade ao Evangelho, por lutarem por liberdade religiosa e por sua solidariedade com os mais pobres. Entre eles estão religiosos, leigos e sacerdotes que deram suas vidas em nome da fé e da justiça.

Exemplos de fé e resistência

O Pontífice relembrou o sacrifício de irmã Dorothy Stang, assassinada no Brasil após afirmar “Esta é minha única arma” enquanto levantava sua Bíblia. Também citou o padre Ragheed Ganni, morto em Mossul, e o irmão Anglican Francis Tofi, morto nas Ilhas Salomão, ressaltando que, embora as ditaduras do século XX tenham acabado, a perseguição aos cristãos persiste até hoje.

“Devemos não apenas lembrar, mas reconhecer que o sangue dos mártires é semente de novos cristãos”, afirmou Leo XIV. Para ele, esse testemunho é uma esperança que impulsiona a propagação do Evangelho, que não se silencia e prevê a vitória do bem sobre o mal.

Compromisso ecumênico e memória dos mártires

O Papa reafirmou o compromisso da Igreja Católica de manter viva a memória dos mártires de todas as tradições cristãs, destacando a colaboração da Comissão de Novos Mártires do Vaticano com a Secretaria para a Unidade dos Cristãos. Ele destacou que o testemunho dos mártires é “mais eloquente do que qualquer palavra”, reforçando que a unidade cristã nasce na cruz de Cristo.

Leo XIV também lembrou o garoto paquistanês Abish Masih, morto em ataque a uma igreja católica, que em seu caderno de anotações escreveu: “Fazer do mundo um lugar melhor”. Para o Papa, esse sonho deve inspirar os cristãos a testemunhar sua fé com coragem, tornando-se fermento para uma humanidade mais pacífica e fraterna.

Oração e esperança no futuro

A cerimônia incluiu orações pelos cristãos perseguidos, pela conversão de seus opressores e pela unidade dos fiéis em busca de justiça, paz e solidariedade com os mais necessitados.

“A memória dos mártires é uma fonte de esperança, mostra que o amor é mais forte que a morte”, concluiu o Papa Leo XIV. Ele destacou ainda que essa inspiração deve impulsionar os cristãos a promoverem um mundo mais justo e fraterno, fortalecendo a comunhão na fé através do testemunho de coragem e amor ao próximo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes