Brasil, 14 de setembro de 2025
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Governo Lula intensifica estratégias para barrar anistia no Congresso

Pressão pela anistia aumenta após condenação de Bolsonaro, enquanto o governo Lula se mobiliza para barrar a proposta no Congresso.

No cenário político atual, a proposta de anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro ganhou força, impulsionada por pressões da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esta medida tem sido alvo de intensas discussões no Congresso Nacional, enquanto governistas articulam estratégias para bloquear o avanço do projeto.

Pressão crescente pela anistia

Nos últimos dias, as articulações em torno da anistia se intensificaram, especialmente após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem sido uma figura chave nesse processo, contribuindo para o crescimento da mobilização pela aprovação do projeto.

  • Parlamentares da oposição estão fazendo pressão para que Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, inclua a proposta de anistia nas votações.
  • Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por chefiar um plano de golpe de Estado após sua derrota nas eleições de 2022.
  • O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante, planeja discutir a urgência do tema na próxima reunião de líderes, mas Motta demonstra resistência a essa pauta.
  • No Senado, a situação é ainda mais complicada, pois o presidente da Casa, Davi Alcolumbre, se opõe à ideia de perdoar os atos do ex-presidente e busca alternativas.

Estratégias do governo para bloquear a anistia

Com o clima tenso no Congresso, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, convocou uma reunião com ministros e líderes governistas para desenhar uma estratégia de defesa contra a proposta de anistia. A expectativa é que, mesmo que o projeto avance na Câmara, o Senado consiga barrá-lo.

A principal preocupação do governo é derrotar o projeto antes que as eleições de 2026 cheguem, pois a discussão em torno da anistia poderia reposicionar o debate político de maneira desfavorável para a base governista. O governo Lula já está contando votos em uma possível votação e busca consolidar o apoio necessário para evitar que a proposta chegue a votação no plenário.

Os aliados do presidente Lula estão engajados em uma mobilização que visa intensificar a comunicação e o convencimento de outros parlamentares para que se posicionem contra a anistia, visto que ela representa um enorme risco para a estabilidade política e econômica do país.

Conflito entre governo e oposição

A disputa em torno da anistia reflete um cenário polarizado e acirrado. O deputado federal Rogério Correia acredita que a pressão bolsonarista pela anistia não deve travar a tramitação de pautas importantes para o governo, como a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, que é considerada uma prioridade. Ele acredita que essa movimentação representa uma tentativa de criar instabilidade.

Embora o presidente da Câmara, Hugo Motta, tenha reafirmado seu compromisso em pausar o projeto de anistia, há questionamentos se isso se concretizará. A análise das pautas de interesse do governo devem ocorrer até o final de setembro, enquanto a equipe de Lula intensifica as negociações e articulações políticas.

No contexto desta batalha política, o governo enfrenta um desafio significativo em controlar a narrativa e os desdobramentos, uma vez que o aumento da pressão pela anistia pode ser um fator determinante para a imagem do governo e sua capacidade de governabilidade nos próximos anos.

À medida que as discussões avançam, o Legislativo permanece como um campo de batalha onde estratégia, articulação e poder de persuasão são essenciais para determinar os rumos políticos do Brasil.

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