No último domingo, a equipe do Corinthians mostrou sua força e resiliência ao conquistar o heptacampeonato do Campeonato Brasileiro Feminino, colocando fim a um longo jejum de 10 meses sem títulos, o maior desde 2019. A vitória sobre o Cruzeiro, que havia chegado à final com a melhor campanha da primeira fase, consolidou a posição da equipe como uma das potências do futebol feminino no Brasil.
Um jogo decisivo e emocionante
Desde o início da partida, a equipe paulista demonstrou domínio e superioridade. Os primeiros momentos da final foram marcados pela pressão do Corinthians, que não deixou o Cruzeiro respirar. Os 41.130 torcedores que lotaram a NeoQuímica Arena sentiram essa energia e incentivaram as “Brabas” ao longo do jogo. As jogadoras do Corinthians não se deixaram intimidar e conseguiram abrir o placar logo no início da segunda etapa, com um gol decisivo da zagueira Thais Ferreira, aos quatro minutos.
Reflexões e provocações pós-jogo
Após a partida, a lateral Tamires não hesitou em refletir sobre o desafio que foi a final e em provocar o adversário. “O Corinthians não é exemplo só no mata-mata, mas em cada treinamento. O jogo se ganha dentro de campo, em cada ponto”, declarou, reiterando que o verdadeiro líder é aquele que se destaca em momentos decisivos.
Um primeiro tempo estudado
O primeiro tempo da partida foi mais cadenciado, com muitas faltas e um jogo truncado. O Cruzeiro conseguiu neutralizar as jogadas do Corinthians em várias tentativas, mas também teve suas oportunidades. Apesar de uma cobrança de falta perigosa que carimbou o travessão, o primeiro tempo terminou sem gols – um contraste com o jogo de ida, que havia sido mais aberto e recheado de emoções.
Mudanças estratégicas que fizeram a diferença
Com apenas 45 minutos para decidir o título, o técnico Lucas Piccinato optou por mudar a formação. A entrada de Vic Albuquerque no lugar de Dayana trouxe um novo ímpeto ofensivo para a equipe. Essa mudança rapidamente gerou resultados, e o Corinthians logo encontrou o caminho das redes com Thais Ferreira, que fez seu primeiro gol pelo clube, selando a vitória e o título.
A pressão e a experiência fizeram a diferença
Embora o Cruzeiro tenha tentado reagir, com o treinador Jonas Urias fazendo substituições ofensivas, as chances mais claras acabaram não se concretizando. O Corinthians, mais experiente e com um histórico recente de sucesso, soube administrar a vantagem e fez valer sua superioridade durante toda a partida.
O jogo teve um total de 21 faltas na primeira etapa, e o clima de tensão tornou-se palpável à medida que o cronômetro avançava. O Cruzeiro teve uma grande oportunidade com uma jogada protagonizada pela atacante Letícia Ferreira, mas a finalização não foi suficiente para mudar o resultado. O apoio da torcida e o comprometimento das jogadoras foram fundamentais para garantir mais este título ao Corinthians.
O legado de um time vencedor
Com a conquista do heptacampeonato, o Corinthians reafirma sua hegemonia no futebol feminino brasileiro. Este 21º título em nove anos resulta não apenas da competência técnica, mas também da dedicação, disciplina e comprometimento que a equipe demonstrou em cada jogo. O resgate da vitória após um jejum traz um novo alento às jogadoras e torcedores, que agora esperam ansiosamente pelos próximos desafios.
Essa vitória não é só um marco na história do clube, mas também um reflexo da evolução do futebol feminino no Brasil, que vem ganhando cada vez mais visibilidade e apoio. A equipe do Corinthians continua sendo um exemplo de que, com trabalho duro e determinação, objetivos altos podem ser alcançados.