Brasil, 13 de setembro de 2025
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Protesto da extrema-direita mobiliza mais de 110 mil em Londres

Mais de 110 mil pessoas participaram de um protesto de extrema-direita liderado por Tommy Robinson, em uma das maiores manifestações nacionalistas em décadas.

No último fim de semana, Londres foi palco de um dos maiores protestos nacionalistas em décadas, onde mais de 110 mil pessoas, organizadas pelo ativista Tommy Robinson, se reuniram para uma manifestação cuja temática era “festival da liberdade de expressão”. O evento, no entanto, rapidamente se transformou em um espaço de propagação de teorias da conspiração raciais e discursos de ódio anti-muçulmanos.

A dimensão do protesto

A manifestação, que superou todas as estimativas da polícia, resultou em confrontos tensos e, em alguns momentos, violentos entre os manifestantes e as forças de segurança. O Comando Metropolitano da polícia relatou que os oficiais enfrentaram “violência inaceitável”, sendo agredidos de socos e chutes, além de receberem garrafas, flare e outros objetos arremessados.

O evento foi marcado por discursos impactantes, como o de Elon Musk, que se conectou via vídeo e falou sobre a “rápida erosão da Grã-Bretanha”, fazendo um apelo ao fim do Parlamento britânico. O político francês de extrema-direita Éric Zemmour também se juntou à manifestação, descrevendo os manifestantes como vítimas de uma “grande substituição dos nossos povos europeus” por culturas do sul, especialmente muçulmanas.

Contraprotesto e reações

Enquanto isso, cerca de 5 mil contramanifestantes, entre sindicalistas e grupos antifascistas, marcharam em uma rota separada pelo centro de Londres, tentando promover uma mensagem de união e resistência contra a retórica de ódio. A deputada Diane Abbott, presente no contraprotesto, democratamente fez um apelo contra as forças políticas que, em sua visão, representavam “os mais anti-mulheres na sociedade”.

Retratos do protesto

Entre os participantes do protesto, havia um forte simbolismo, com bandeiras da Inglaterra e do St. George, além de cartazes que apoiavam Robinson. Uma mulher idosa, que chegou de cadeira de rodas, declarou: “Sou britânica e estive aqui hoje para nosso país”. Um de seus acompanhantes promoveu a ideia de que o país estava sendo “inundado por ideologias que tentam nos oprimir”.

A manifestação seguiu por Westminster Bridge, onde os participantes cantavam “Keir Starmer é um idiota” ao som da famosa “Seven Nation Army”. Infelizmente, a multidão rapidamente se tornou muito grande para ser contida, levando milhares a ficarem presos em Westminster e na Praça do Parlamento.

Discursos de ódio e celebração da divisão

No palco em Whitehall, os participantes assistiram a uma apresentação que incluiu uma dança haka, seguido por uma canção que dizia “Fazendo o Ocidente parecer o Oriente Médio”. O ambiente se tornou ainda mais tenso quando foram exibidas bandeiras do Irmão Muçulmano, do Estado Islâmico e da Palestina, que foram recebidas com vaias e terminaram sendo rasgadas aos gritos de aprovação da multidão.

Nesse clima, Robinson fez um discurso inflamado, afirmando que “a Grã-Bretanha finalmente acordou” e que a situação atual nunca desapareceria. Environmentalou um depoimento dramático utilizando imagens de gangues criminosas e uma mulher branca chorando, uma estratégia amplamente criticada por promover o medo e a divisão entre grupos.

Reflexões sobre o futuro

O evento em Londres não só destacou a força dos grupos nacionalistas e de extrema-direita, mas também a resistência deles contra os que se opõem à sua visão de sociedade. Enquanto Robinson e seus apoiadores clamam por uma Grã-Bretanha “unida”, as vozes contrárias defendem a diversidade e a solidariedade como pilares de uma sociedade mais justa.

Com o aumento da polarização e a recente movimentação de forças políticas extremistas, o desafio para o futuro se intensifica, exigindo um diálogo aberto e efetivo entre diferentes grupos para evitar que discursos de ódio continuem a prevalecer nas ruas.

As tensões que surgiram nas ruas de Londres servem como um lembrete sombrio do trabalho que ainda precisa ser feito para unir uma sociedade cada vez mais fragmentada.

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