A placa preta, símbolo de veículos históricos no Brasil desde a criação do Código de Trânsito Brasileiro em 1997, passa por mudanças que causaram insatisfação entre colecionadores. Desde 2022, as novas regras do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) alteraram o formato da placa, incorporando o padrão Mercosul, o que resultou na substituição do visual clássico de fundo preto com letras cinzas.
Alterações na identificação dos veículos de coleção
Com a atualização da Resolução nº 957/2022, todos os veículos receberam a nova placa de identificação, com fundo branco e letras e números prateados, eliminando o estilo tradicional da placa preta. Apesar de manter o enquadramento legal, a mudança estética foi vista como uma perda do glamour e do reconhecimento visual dos carros de coleção.
Reação dos colecionadores e movimentos de defesa
A comunidade de entusiastas reagiu fortemente às modificações. Em fevereiro de 2020, a Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA) chegou a lançar um abaixo-assinado pedindo que a placa Mercosul dedicada aos veículos clássicos retornasse ao estilo preto, preservando a tradição e a diferenciação visual.
Benefícios mantidos apesar da polêmica
Embora a estética tenha sido alvo de críticas, os benefícios do Certificado de Veículo de Coleção (CVCOL) permanecem. A certificação garante isenções de algumas regras que se aplicam a veículos comuns, como a necessidade de equipamentos modernos não presentes na configuração original do automóvel, fortalecendo a valorização do patrimônio histórico automotivo.
Perspectivas futuras
As mudanças na placa preta refletem uma tentativa de padronizar o sistema de identificação veicular no Brasil, alinhando-o ao padrão internacional adotado na região. No entanto, o debate sobre a preservação da estética clássica deve continuar entre os colecionadores, que buscam equilibrar tradição e modernização.
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