Brasil, 13 de setembro de 2025
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Kamala Harris critica equipe de Biden por não defender contra ataques e revela tensões internas

Vice-presidente denuncia falta de apoio e revela conflitos internos em sua relação com equipe de Biden durante a campanha presidencial de 2024

Em trechos do seu novo livro, “107 Dias”, Kamala Harris revelou insatisfação com a gestão de Joe Biden e seu time durante a campanha de reeleição, acusando-os de não defenderem suas ações diante de ataques infundados. A vice-presidente também criticou a decisão de Biden de concorrer à reeleição, considerando-a uma “irresponsabilidade” diante dos riscos do cenário político.

Conflitos internos e ataques sem respaldo

Harris afirmou que as atividades de seu domínio na Casa Branca eram marcadas por uma falta de apoio eficaz durante ataques de veículos de comunicação, especialmente da Fox News, que criticava sua personalidade e sua posição na equipe. Segundo ela, o time de Biden limitava-se a uma comunicação tímida e muitas vezes contribuía para alimentar narrativas negativas, incluindo alegações de que ela teria sido uma contratação baseada em ações de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI).

“Eles tinham uma equipe enorme de comunicação, com Karine Jean-Pierre na coletiva de imprensa diária, mas era quase impossível obter uma defesa efetiva contra ataques infundados”, desabafou Harris. Ela acrescentou que, em diversas ocasiões, sua equipe até alimentava narrativas desfavoráveis para diminuir sua visibilidade, pois acreditavam que sua ascensão poderia prejudicar Biden, apesar de seu sucesso refletir positivamente na campanha do presidente.

Problemas com Biden e alertas ignorados

Avaiação sobre a decisão de Biden disputar a reeleição

Numa reflexão sobre a decisão de Biden de tentar um novo mandato, Harris considerou-a uma “recelessness”, uma “irresponsabilidade”. Ela admitiu que, apesar de não tê-lo aconselhado publicamente a desistir, pensou que essa poderia ser a melhor estratégia, dado o alto risco de saúde do presidente. “Se fosse minha avaliação, diria que ele não devia competir, mas entender que a decisão final não era só dele”, comentou.

Harris também destacou que, na sua análise, Biden apresenta-se mais capaz do que Donald Trump, mesmo enfrentando dificuldades físicas e cognitivas devido à idade. “Mesmo nos piores dias, ele demonstrava mais conhecimento, julgamento e compaixão do que Trump”, afirmou. No entanto, ela reconhece sinais de cansaço e lapsos de memória por causa da idade, sobretudo após viagens internacionais e eventos de campanha.

Desafios e reflexões sobre a lealdade

Apesar das críticas, Harris reforçou sua lealdade a Biden, afirmando que, se acreditasse que ele não pudesse exercer o cargo, teria mostrado sua preocupação abertamente. “Sou mais leal ao meu país do que a qualquer pessoa”, declarou. Ela também revelou que, na época, acreditava que a decisão de Biden de concorrer foi uma escolha do próprio casal Biden, embora, em retrospecto, ela considere a decisão “uma imprudência”.

Implicações para o futuro político

A publicação de trechos do livro “107 Dias” tem gerado debates internos e externos sobre o relacionamento entre Harris e Biden, especialmente em um momento delicado da política americana. A revelação de que a equipe de Biden não a apoiava suficientemente e que ela se sentia isolada na campanha traz à tona questões sobre a gestão da imagem e estratégias na Casa Branca.

Até o momento, a equipe de Biden não comentou oficialmente as declarações de Harris. O livro será lançado em 23 de setembro, e o conteúdo certamente alimentará o cenário eleitoral nos próximos meses.

Para leitura completa dos trechos, acesse The Atlantic.

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