O comediante Jerry Seinfeld confrontou a controvérsia nesta semana ao fazer uma comparação entre o movimento “Free Palestine” e a Ku Klux Klan durante uma palestra na Duke University, causando reações intensas. As declarações, feitas na terça-feira, questionaram a postura do movimento palestino, ressaltando a percepção de que suas posições poderiam ser interpretadas como antissemitas.
Seinfeld questiona o movimento “Free Palestine”
Em um evento organizado por grupos como o Chabad de Duke, Seinfeld afirmou que a expressão “Free Palestine” pode esconder intenções discriminatórias. Segundo ele, “liberdade para dizer que não gosta de judeus” estaria por trás do movimento, o que gerou críticas de ativistas e estudantes presentes na universidade.
“Comparar o ‘Free Palestine’ ao Ku Klux Klan, na minha visão, é até uma forma de honestidade, porque o Klan pode admitir que não gosta de negros e judeus”, disse o humorista, gerando repercussão nas redes sociais e na imprensa internacional.
Reações e condenações
Autoridades da Duke University divulgaram que não apoiaram as declarações de Seinfeld e que a instituição não costuma pré-autorizar ou endossar comentários feitos por convidados. Laila Dames, estudante de política pública, afirmou que “se a universidade deseja promover diversidade, inclusão e equidade, deve condenar essas palavras e apoiar seus estudantes”.
Seinfeld, conhecido por sua forte postura pró-Israel, já havia gerado controvérsia ao declarar, no início deste ano, que “não se importava com a Palestina”.
Contexto mundial e local
O conflito entre Israel e palestinos se intensificou desde a ofensiva israelense em Gaza, resultando na morte de mais de 60 mil palestinos, conforme dados das autoridades palestinas. A crise humanitária aprofundou-se, com milhares de civis expostos às consequências do conflito.
Na semana passada, estudantes também protagonizaram protestos contra Seinfeld, incluindo walks out em sua participação na graduação da Duke, além de confrontos em shows de comédia realizados em Oregon e Virgínia.
Perspectivas futuras
Analistas avaliam que o episódio reforça o clima de polarização em torno do conflito israelo-palestino, com figuras públicas cada vez mais sendo colocadas em evidência por suas declarações. A controvérsia pode impulsionar debates sobre liberdade de expressão, limites do humor e responsabilidade social dos artistas.
Ainda não há uma posição oficial da Duke quanto às declarações do humorista, mas o caso revela o impacto de discursos polarizadores no ambiente acadêmico e cultural. O episódio certamente alimentará discussões sobre o papel da universidade como espaço de diálogo e expressão.
