Brasil, 13 de setembro de 2025
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Cirurgiã-dentista é indiciada por lesões graves na Bahia

Uma cirurgiã-dentista foi indiciada por lesões corporais graves e exercício ilegal da medicina em Vitória da Conquista, Bahia.

Uma cirurgiã-dentista que atuava em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, foi indiciada pela Polícia Civil pelos crimes de lesão corporal de natureza grave com deformidade permanente, exercício ilegal da medicina e propaganda enganosa. O indiciamento ocorreu após investigações que revelaram a prática de procedimentos cirúrgicos não autorizados para a profissão, colocando em risco a saúde de diversos pacientes.

Investigações e Procedimentos Irregulares

De acordo com informações obtidas pela Polícia Civil, a profissional realizava procedimentos estéticos, como platismoplastia e lifting na região submandibular e do pescoço, entre setembro de 2024 e fevereiro de 2025. Esses procedimentos foram realizados em um ambiente clínico que não possuía a estrutura hospitalar necessária, resultando em lesões graves em pelo menos quatro pacientes que procuraram atendimento por conta das promessas de resultados rápidos e seguros disseminadas em redes sociais.

A investigação concluiu que a cirurgiã-dentista não tinha autorização legal para realizar tais intervenções, que são exclusivas de médicos. Essa prática não só configura exercício ilegal da medicina, como também se caracteriza por propaganda enganosa, já que os riscos associados a esses procedimentos foram minimizados em suas divulgações.

Fiscalização do Conselho Regional de Odontologia

Em decorrência das denúncias, o Conselho Regional de Odontologia da Bahia (CRO-BA) iniciou uma fiscalização no caso, que resultou na suspensão cautelar da profissional por 30 dias e recomendações para a instauração de um processo disciplinar. O CRO-BA destacou que a atuação da dentista foi considerada sistemática e comercial, sem registros médicos adequados e em desrespeito às normas éticas da profissão.

O Conselho enfatiza que seus processos administrativos tramitam sob sigilo, conforme a legislação vigente, e que a responsabilidade pela condução das investigações judiciais cabe ao Ministério Público e à Polícia Civil, que estão envolvidas no caso. O CRO-BA declarou: “Estamos comprometidos em realizar investigações rigorosas e assegurar que todos os processos sejam devidamente avaliados dentro dos regulamentos legais.”

Impacto nas Vítimas

A repercussão do caso gerou uma onda de indignação entre a comunidade, especialmente entre os profissionais de saúde que atuam de forma ética. Os pacientes que sofreram lesões gravíssimas têm enfrentado consequências que podem impactar suas vidas de maneira permanente.

Um dos pacientes afetados, que preferiu não ser identificado, relatou a sua experiência: “Fui atrás de um procedimento estético, acreditando que estava em boas mãos, mas o resultado foi devastador. Não imaginava que uma dentista estaria realizando esse tipo de cirurgia. Agora, estou lidando com as consequências e estou em busca de tratamento para corrigir os danos.”

Próximos Passos Judiciais

Após a conclusão do inquérito, o relatório foi encaminhado ao Poder Judiciário, que agora deve avaliar os próximos passos legais. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) será responsável por manifestar-se sobre as denúncias, podendo processar a profissional judicialmente, conforme a gravidade das infrações identificadas.

O caso levantou questões importantes sobre a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa e fiscalização das práticas estéticas realizadas por dentistas e outros profissionais de saúde, especialmente em um contexto onde o acesso a informações sobre procedimentos estéticos é amplamente difundido pelas redes sociais.

A sociedade aguarda por uma resolução que garanta a integridade dos pacientes e a responsabilização dos profissionais que atuarem fora dos limites legais. O incidente é um lembrete claro da importância de buscar sempre a assistência de profissionais devidamente qualificados e autorizados por órgãos de fiscalização para evitar situações que possam causar danos irreparáveis.

Este caso é um exemplo alarmante de como a busca por procedimentos estéticos pode sair perigosamente do controle, e a responsabilidade pela saúde deve sempre estar em padrão com a ética e as regulamentações estabelecidas.

Para mais informações sobre casos semelhantes e a atuação do CRO-BA, acesse a página do Conselho ou acompanhe as notícias em nosso portal.

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