Brasil, 13 de setembro de 2025
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Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo 2025: um olhar sobre o futuro das cidades

A 14ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo promove reflexões sobre urbanismo e ecologia entre 18 de setembro e 19 de outubro.

A 14ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo chega como uma das mais importantes plataformas de debate sobre o futuro das cidades nas Américas. Criado em 1951, o evento se consolidou ao lado da Bienal de Arte como um espaço de reflexão crítica sobre arquitetura e urbanismo, reunindo profissionais e coletivos do Brasil e de mais de 25 países. Este ano, a Bienal acontece de 18 de setembro a 19 de outubro, apresentando mais de 200 projetos, planos e instalações, além de debates, oficinas e fóruns abertos ao público.

Um olhar para a emergência climática

Em uma época onde as questões climáticas se tornaram prioridade, a programação deste ano busca abordar trabalhos que respondem aos desafios da vida urbana contemporânea. Habitação, mobilidade, inclusão social e a integração com a natureza estão em destaque nas exposições. A seleção de projetos foi feita a partir de 450 propostas recebidas em uma chamada pública internacional, além de pesquisas da curadoria, refletindo um compromisso com a sustentabilidade e as demandas sociais.

A visita à Bienal promete ser uma experiência imersiva. O público poderá interagir com construções experimentais em escala real, visualizar projetos documentados com fotos, desenhos e vídeos, além de apreciar maquetes de diversas dimensões e intervenções artísticas que dialogam com a arquitetura. Conteúdos multimídia também estarão disponíveis, explorando novas formas de vivenciar os espaços, contribuindo para uma experiência enriquecedora e educativa.

Arquitetura e arte em diálogo

Embora a Bienal de Arquitetura e a Bienal de Arte sejam eventos independentes, ambas, realizadas no Parque Ibirapuera, frequentemente dialogam entre si. Neste ano, as propostas apresentadas justiça a interação entre a arte e a arquitetura, refletindo questões sociais e culturais contemporâneas. O espaço da Bienal não só reafirma a importância da arquitetura em meio às transformações urbanas, mas também enfatiza seu papel na conexão emocional do público com o ambiente que o cerca.

Participantes e inspirações globais

A Bienal deste ano conta com nomes de destaque como Eva Pfannes, do escritório holandês OOZE, autora do projeto “Cidade de 1.000 Tanques”, e Kongjian Yu, criador das “cidades-esponja” na China. Arquitetos renomados como Liu Jiakun e Shigeru Ban, vencedores do Prêmio Pritzker, também estarão presentes. Do Brasil, a arquiteta Gabriela de Matos se junta a escritórios reconhecidos, como Aflalo e Gasperini, MMBB e Grupo SP, para apresentar trabalhos relevantes.

Além de nomes consagrados, o evento abre espaço para jovens arquitetos e coletivos com propostas inovadoras, como Mixtura (Itália), La Cuadrita (Paraguai), Design4Disaster (Espanha), Geográfica Sur (Colômbia), Leyuan Li (China), Ye Sul Cho (EUA), Gustavo Utrabo (Brasil), Urbz (Índia) e Messina Rivas (Brasil). A diversidade de participantes ressalta a importância da colaboração global na busca por soluções urbanas sustentáveis.

Destaques da Bienal 2025

Entre os 10 trabalhos que sintetizam os temas centrais da edição, encontramos propostas fascinantes como:

  • Sacred Waters – Indigenous Ecologies in Mumbai (Urbz, Índia): propõe a preservação de tradições pesqueiras e a criação de espaços comunitários na cidade.
  • Biblioteca Lagoa do Sino da UFSCAR, Eco-Museu do POP e Fábrica de Arte Marcos Amaro (FAMA) (KAAN Architecten e Triptyque, Brasil): um modelo de sustentabilidade, inovação e impacto social.
  • LIFE COSTadapta (José Antonio Sosa e equipe, Espanha): laboratório vivo que cria barreiras naturais contra a elevação do mar nas Canárias.
  • Nossa Ginga (Doladob, Angola): requalificação da Rua Rainha Ginga, em Luanda, promovendo a mobilidade sustentável e a inclusão social.
  • Your Greenhouse is Your Living Room (Leyuan Li e equipe, China/EUA): uma estufa que se transforma em sala de estar comunitária em áreas urbanas abandonadas.
  • Águas do Cadaval (Frente Ilê Odé Ibualamo, Brasil): regeneração urbana usando tecnologias tradicionais em território de matriz africana em Carapicuíba.
  • Eixo Platina e Platina 220 (Jorge Königsberger e Gianfranco Vannucchi, Brasil): o mais alto edifício de São Paulo, símbolo de transformação no Tatuapé.
  • Woven Breathing Façade (Ye Sul E. Cho e equipe, Reino Unido): fachada têxtil que respira e se adapta ao clima sem uso de energia elétrica.
  • Domo Pompeia – T03 (Turma de pós-graduação do IPT, Brasil): estrutura experimental em madeira leve e desmontável, fruto de investigação acadêmica.
  • Nhandero – Casa Tradicional Guarani M’bya (Associação Casa Floresta e povos indígenas, Brasil): instalação que valoriza a sabedoria ancestral e a arquitetura indígena.

Informações úteis

A Bienal de Arquitetura de São Paulo 2025 ocorrerá de 18 de setembro a 19 de outubro no Pavilhão da Oca, Parque Ibirapuera, localizado na Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portões 2 e 3, na Zona Sul de São Paulo. A entrada é gratuita, tornando o evento acessível a todos os interessados em arquitetura e urbanismo.

Para mais informações, acesse o site oficial da Bienal.

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