“O Corcunda de Notre Dame” é um dos filmes de animação mais icônicos da Disney, conhecido por sua trilha sonora marcante, personagens únicos e uma vilã assustadora. Mas há muitos detalhes fascinantes por trás de sua produção e história, que podem alterar sua forma de assistir ao filme.
Referências bíblicas e detalhes visuais
Um fato interessante é a vestimenta de Esmeralda durante a Festa dos Loucos, que usa cores roxas e vermelhas, fazendo referência à Esfinge de Babilônia na Bíblia, descrita como uma mulher vestida de púrpura, escarlate, com ouro e jóias (Fonte). Além disso, Quasimodo nunca aparece na mesma cena com o arcediago, que na verdade salva sua vida, embora ambos vivam na mesma construção.
Outra curiosidade visual é uma das primeiras cenas onde Frollo e Quasimodo almoçam juntos; enquanto Frollo usa utensílios de prata, ele obriga Quasimodo a se servir com utensílios de madeira, reforçando a diferença de status entre eles (Fonte).
Produção e impacto financeiro do filme
Foi o primeiro filme de animação a custar US$ 100 milhões, o equivalente a cerca de US$ 250 milhões atualmente. Sua bilheteria arrecadou aproximadamente US$ 325 milhões mundialmente, comprovando seu sucesso.
O filme também é marcante por quase ter sido classificado como PG, devido a temas sombrios e cenas mais adultas, especialmente na canção “Hellfire”. A música quase foi cortada por conter temas perigosamente sombrios para um filme considerado G, mas permaneceu na versão final (Fonte). O número acompanha a resistência da Disney ao censura, mesmo com elementos considerados bastante sombrios para a classificação.
Personagens e referências culturais
Os três gárgolas tiveram nomes iniciais que faziam referência a atores famosos — Chaney, Laughton e Quinn —, mas foram renomeados para Victor, Hugo e Laverne, sendo os dois primeiros homenagem ao autor Victor Hugo, autor do livro original (Fonte).
Outro detalhe interessante é que as vozes de alguns personagens fazem referências a outros filmes; Tom Hulce, que dubla Quasimodo, também interpretou Mozart em “Amadeus” (1984), e há um momento na música “Um Cara Como Você” em que um personagem lembra a peruca de Hulce em “Amadeus”.
Temas sombrios e referências musicais
A trilha sonora inclui trechos de cânticos gregorianos reais, como o famoso “Dies Irae”, que também aparece na ópera “Requiem” de Mozart, especialmente na cena em que Frollo mata a mãe de Quasimodo (Fonte).
Na fase de desenvolvimento, Quasimodo foi inicialmente retratado como um personagem mais monstruoso, mais velho e com dificuldades de fala, permanecendo fiel à obra original, mas a Disney optou por uma versão mais jovem e simpática do herói. Animadores também fizeram várias semanas de estudos na Notre Dame para garantir precisão na arquitetura do filme, quase como personagens adicionais na narrativa.
Curiosidades de bastidores e referências
O personagem Frollo tem a mesma voz do vilão Monsieur D’Arque em “A Bela e a Fera” (1991), dublado por Tony Jay, que também interpretou ambos com grande destaque (Fonte).
Meatloaf, um famoso cantor de rock, quase dublou Quasimodo, mas os diretores decidiram que a voz de Tom Hulce encaixava melhor. Além disso, a música “Hellfire” foi a última canção de vilão a ser lançada por um antagonista principal na Disney por mais de uma década, até “Friends on the Other Side” em “A Princesa e o Sapo” (2009).
Pontos finais de destaque
Outra curiosidade é que os gárgolas receberam nomes de personalidades e artistas; Victor e Hugo homenageiam o autor Victor Hugo, enquanto Laverne foi inspirado na integrante do grupo musical “The Andrews Sisters”.
Por fim, quase todos os detalhes, incluindo referências culturais, escolhas de design, trilha sonora, e até mesmo as vozes, reforçam o porquê de “O Corcunda de Notre Dame” ser um filme de profundidade e complexidade, que vai muito além de uma simples animação para crianças.
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Assista ao filme na Disney+: Disney+