Brasil, 12 de setembro de 2025
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Reconhecimento civil de bispo auxiliar marca nova era na diocese de Zhangjiakou

Dom Joseph Ma Yan'en é oficialmente reconhecido como bispo auxiliar da nova diocese, em um passo significativo no diálogo entre a Santa Sé e a China.

Em um marco significativo para a Igreja Católica na China, nesta sexta-feira, 12 de setembro, ocorreu o reconhecimento civil e a posse do cargo de Dom Joseph Ma Yan’en como bispo auxiliar da recém-criada diocese de Zhangjiakou. Este evento é uma consequência direta do diálogo contínuo entre a Santa Sé e as autoridades chinesas, conforme destacado por Matteo Bruni, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Um passo importante na estrutura da nova diocese

A diocese de Zhangjiakou, instituída pelo Papa Leão XIV em 8 de julho, reúne os territórios das antigas dioceses de Xiwanzi e Xuanhua. A criação dessa nova estrutura é vista como uma tentativa de fortalecer a presença católica na região, consolidando a pastoral e buscando um desenvolvimento mais harmonioso das atividades religiosas. Dom Joseph Ma Yan’en, que até então era bispo da diocese de Xiwanzi, agora tem a responsabilidade de auxiliar Dom Joseph Wang Zhengu, recentemente consagrado como o primeiro bispo de Zhangjiakou.

O bispo auxiliar, de 65 anos, nasceu em 1960 em Baoding e foi ordenado sacerdote em 1985. Sua trajetória na Igreja inclui funções significativas, como a de vigário geral na Prefeitura Apostólica de Yixian, onde iniciou seu ministério. A ordenação episcopal de Ma Yan’en ocorreu em janeiro de 2010, e ele tomou posse como bispo de Xiwanzi em março de 2013.

Reconhecimento civil: um sinal de avanço

O diretor da Sala de Imprensa, Matteo Bruni, expressou satisfação com o reconhecimento do ministério episcopal de Dom Ma Yan’en para efeitos civis, ressaltando a importância desse passo no contexto da nova diocese. “Esses eventos, fruto do diálogo entre a Santa Sé e as autoridades chinesas, são um passo importante no caminho de comunhão da nova diocese”, afirmou Bruni em comunicado. Além disso, a dignidade episcopal de Dom Agostinho Cui Tai, bispo emérito de Xuanhua, também foi reconhecida civilmente, evidenciando um avanço nas relações entre a institucionalidade religiosa e o Estado.

O contexto do diálogo entre a Santa Sé e a China

O Acordo Provisório, que regula a nomeação de bispos na China, é uma peça fundamental nesse diálogo. Firmado em 2018, ele representa uma tentativa de normalizar a situação da Igreja Católica em um país onde a religião é frequentemente controlada pelo governo. O entendimento entre a Santa Sé e as autoridades chinesas visa não apenas a coexistência pacífica, mas também a promoção da fé católica em um ambiente que pode ser hostil a práticas religiosas não regulamentadas.

O reconhecimento de Dom Ma Yan’en é simbólico e reflete a crescente aceitação da hierarquia católica pela administração chinesa, o que pode contribuir para um fortalecimento da Igreja em locais onde a presença católica é limitada. Essa nova relação pode também abrir caminhos para outros diálogos e entendimentos entre instituições religiosas e o Estado, promovendo um clima de respeito mútuo.

A expectativa para o futuro da diocese

Com a nova diocese de Zhangjiakou em operação e a liderança de Dom Joseph Ma Yan’en e Dom Joseph Wang Zhengu, espera-se que as comunidades católicas da região tenham acesso a uma liderança pastoral mais próxima e eficaz. A esperança é que, com a estruturação da diocese e a colaboração entre as autoridades civis e a Igreja, os católicos possam viver sua fé mais livremente e em harmonia com a sociedade local.

Esse desenvolvimento é observado com atenção não só pelos católicos na China, mas também por observadores internacionais, que enxergam nele uma oportunidade para um diálogo mais amplo sobre liberdade religiosa em contextos similares. À medida que a nova diocese se estabelece, muitos aguardam para ver como as dinâmicas entre a Igreja e o governo continuarão a se desenvolver, em um cenário que ainda apresenta desafios significativos.

O futuro da diocese de Zhangjiakou é promissor, e o reconhecimento civil de seus líderes pode sinalizar o início de uma nova era para a Igreja Católica na China, marcada por um caminho de colaboração e diálogo contínuo.

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