Durante uma participação na Duke University nesta terça-feira, o comediante Jerry Seinfeld fez uma declaração polêmica ao sugerir que o movimento “Free Palestine” seria, de certa forma, semelhante à Ku Klux Klan por supostamente não se assumir abertamente contra os judeus. A fala ocorreu na ocasião em que o humorista apresentava Omer Shem Tov, um refém israelense capturado pelo Hamas em 2023 e libertado recentemente.
Controvérsia por comparação polêmica a organizações extremistas
Segundo reportagem do Duke Chronicle, Seinfeld afirmou que o movimento “Free Palestine” é, na sua visão, uma forma de antisemitismo disfarçado, dizendo: “Você pode não gostar dos judeus, mas seja honesto”.
Ele acrescentou que, ao contrário do Ku Klux Klan, que expressa abertamente preconceitos raciais, o movimento palestino teria uma postura mais hipócrita, pois não assumiria suas posições explicitamente. “O Klan é mais honesto ao dizer ‘não gostamos de negros e judeus'”, declarou Seinfeld.
Reação e críticas ao comediante
Colaboradores da Universidade Duke, incluindo seu porta-voz, afirmaram que a instituição não aprova ou endossa as informações feitas pelo palestrante. Laila Dames, estudante de políticas públicas da Duke, declarou à ABC 11: “Se a escola quer promover diversidade e inclusão, precisa condenar as palavras dele e apoiar todos os estudantes”.
Seinfeld, conhecido por ser um apoiador ativo de Israel, já enfrentou polêmicas anteriores relacionadas ao conflito Palestina-Israel. No início do ano, ele declarou que “não se importa com a Palestina”, o que também gerou críticas de ativistas e estudantes.
Contexto do conflito e impacto na região
As ações militares de Israel na Faixa de Gaza resultaram na morte de mais de 60 mil palestinos, de acordo com autoridades locais, agravando a crise humanitária na região. O conflito elevou ainda mais a tensão internacional e censurou os esforços por uma solução pacífica.
Reações públicas e episódios de protesto
Seinfeld já foi alvo de protestos anteriormente, incluindo um walkout durante seu discurso na graduação da Duke em maio de 2024, além de confrontos com ativistas em shows de comédia em Oregon e Virgínia, onde foi vaiado e questionado por suas posições.
A controvérsia levantada por suas declarações reacendeu o debate sobre a liberdade de expressão e os limites do humor frente a questões sensíveis envolvendo o conflito israelo-palestino.
Este artigo foi originalmente publicado no HuffPost.