Brasil, 12 de setembro de 2025
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Governadores de direita se manifestam sobre condenação de Bolsonaro

Após condenação de Jair Bolsonaro pelo STF, governadores se posicionam nas redes sociais com críticas e apoio ao ex-presidente.

Em um momento de grande repercussão política, governadores de direita expressaram suas opiniões nas redes sociais sobre a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento, que ocorreu na última quinta-feira (11), resultou na pena de 27 anos e 3 meses de prisão para Bolsonaro, devido à sua liderança em uma trama golpista após a sua derrota nas eleições de 2022. Os comentários vêm de figuras políticas que, além de serem aliados de Bolsonaro, são cotados para concorrer à Presidência nas eleições de 2026, como Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A condenação pelo STF

A Primeira Turma do STF decidiu, por 4 votos a 1, condenar Bolsonaro, considerando que ele tentou se manter no poder de forma ilegítima. Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram pela condenação, enquanto Luiz Fux foi o único a votar pela absolvição. Além de Bolsonaro, mais sete aliados também foram condenados, e as defesas têm a opção de recorrer, embora os caminhos legais sejam limitados.

Reações políticas

Após o veredito, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, comentou em suas redes sociais: “o resultado do julgamento, infelizmente, já era conhecido”. Ele defendeu a proposta de anistia, numa tentativa de manter a base bolsonarista unida para uma futura candidatura ao Palácio do Planalto.

“Bolsonaro e os demais estão sendo vítimas de uma sentença injusta e com penas desproporcionais”, declarou Tarcísio.

Do outro lado, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), questionou a decisão em sua conta na rede social X, ao indagar se se tratava de uma Justiça ou uma Inquisição. Ele alertou que a condenação de Bolsonaro, segundo ele, intensifica a divisão do país: “não é disso que precisamos”.

“A condenação de Bolsonaro pela Primeira Turma do STF acirra a divisão do país”, disse Zema.

Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro, também se pronunciou sobre o assunto, descrevendo o dia da condenação como “infeliz” e garantindo seu apoio ao ex-presidente. Castro fez um apelo às famílias do ex-presidente e expressou sua solidariedade: “o Brasil chora pelo nosso presidente”.

“Reafirmo meu total apoio ao presidente Bolsonaro. Queridos Flavio Bolsonaro, Eduardo, Michele, Renan, Carlos e Laura, se vocês choram por um pai, o Brasil chora pelo nosso presidente”, reforçou Castro.

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), também se manifestou, focando no julgamento do ministro Luiz Fux, que apontou inconsistências no caso de Bolsonaro. No vídeo que postou, Mello afirmou que a condenação foi baseada em suposições de um autogolpe, sublinhando as falhas processuais que marcaram o julgamento.

Por sua vez, Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, lamentou a decisão do STF, afirmando que o processo já foi previamente viciado. Ele argumentou que o ex-presidente não teve a oportunidade de se defender adequadamente e pediu que o julgamento fosse realizado no Pleno do Supremo, onde mais ministros poderiam participar e debater o caso.

“Entendo que o julgamento deveria ter ocorrido no Pleno do Supremo, onde a totalidade da Corte poderia se manifestar”, argumentou Caiado.

Caiado também se posicionou a favor da anistia a todos os condenados em razão dos eventos de 8 de janeiro, reforçando a necessidade de pacificação nacional em um contexto de polarização crescente.

Próximos passos e repercussão

Agora, a espera se inicia pela publicação do acórdão do STF, que formaliza os votos e a decisão dos ministros. Embora esse processo possa levar até 60 dias, existe a possibilidade de que seja divulgado antes. Este desfecho pode trazer mais desdobramentos e reações tanto na esfera política quanto nas redes sociais.

As manifestações dos governadores e a condenação de Bolsonaro marcam um ponto crítico na política brasileira, onde as repercussões do julgamento ecoam em um cenário eleitoral já polarizado. O futuro político do ex-presidente e de seus aliados está repleto de incertezas, enquanto a análise dos eventos segue repercutindo em diversas esferas da sociedade.

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