Brasil, 12 de setembro de 2025
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EUA podem aplicar novas sanções individuais ao Brasil após condenação de Bolsonaro, avalia governo Lula

Após condenação de Bolsonaro, auxiliares de Lula preveem que EUA adotarão sanções individuais, visando influenciar polarização eleitoral global

Após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão, auxiliares do governo Lula acreditam que os Estados Unidos devem implementar novas sanções individuais contra autoridades brasileiras, além das restrições já aplicadas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes. A avaliação é que punições coletivas, como o aumento de tarifas, podem prejudicar a campanha da extrema direita em 2026, ano eleitoral no Brasil.

Impacto de sanções e postura de Trump

Segundo interlocutores do governo Lula, o presidente americano, Donald Trump, não deve agir de forma isolada, especialmente após o esgotamento das chances de arquivamento do processo contra Bolsonaro. “Trump terá de recalibrar suas próximas ações com a extrema direita brasileira”, afirmou uma fonte próxima ao Palácio do Planalto, destacando a influência do contexto político internacional.

Exemplos de possíveis medidas

Entre as opções, cita-se a aplicação de sobretaxas de 50% em produtos indianos, devido à compra de petróleo da Rússia, além de possíveis sanções ligadas às importações brasileiras de fertilizantes russos. Contudo, a preocupação é que essas punições prejudiquem o agronegócio, importante base eleitoral da oposição no Brasil.

Reação de Trump e do Departamento de Estado

Trump fez uma declaração moderada sobre a condenação de Bolsonaro, dizendo que considerou o resultado “terrível” e que gosta muito do ex-presidente. Nas redes sociais, o senador Marco Rubio, do Departamento de Estado, indicou que novas sanções contra o Brasil estão previstas. “Nossas ações virão em breve”, postou Rubio.

Imagem do Brasil e as alianças internacionais

Um integrante do governo Lula afirmou que a imagem do Brasil ao redor do mundo saiu fortalecida após o julgamento de Bolsonaro e os militares envolvidos na tentativa de golpe. A postura do país demonstrou resistência à “chantagem tarifária” formulada pela Casa Branca, como Lula destacou em reunião com líderes do Brics nesta semana.

Questões em aberto e possíveis ações futuras

Apesar dos avanços, o governo brasileiro ainda monitora as investigações nos EUA com base na Seção 301, da Lei de Comércio Americana, que avalia práticas comerciais desleais. Além da tarifa de 50%, há a possibilidade de outras sanções relacionadas à corrupção, desmatamento, registros de patentes e uso do Pix, que competiria com empresas americanas de cartão de crédito.

Estratégias diplomáticas e polarização

Com as portas da Casa Branca praticamente fechadas, diplomatas brasileiros vêm ativando contatos com parlamentares do Congresso americano, especialmente o chamado “caucus Brazil”, grupo que reúne deputados e senadores ligados ao interesse pelo Brasil, independentemente de afiliação partidária. A polarização nos EUA, com baixa popularidade de Trump, é vista como uma oportunidade para diversificar o diálogo internacional.

De acordo com fontes diplomáticas, o momento é estratégico para fortalecer alianças com os opositores de Trump, evitando que o “tarifaço” americano prejudique ainda mais as relações comerciais bilaterais.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no GLOBO.

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