O calor intenso continua a impactar o Distrito Federal, que registrou hoje (12) pela terceira vez consecutiva a maior temperatura do ano. Com os termômetros marcando picos de até 35,9ºC em algumas regiões, a população enfrenta uma onda de calor que levanta preocupações, especialmente com a baixa umidade do ar.
Recordes de temperatura e umidade crítica
As cinco estações meteorológicas do DF reportaram máximas alarmantes nesta sexta-feira. Em Brasília, a temperatura alcançou 33,1ºC, enquanto em Brazlândia o registro foi de 33,3ºC. Em Águas Emendadas, a situação foi ainda mais crítica, com os termômetros batendo 35,9ºC. No Gama, a temperatura variou para 34,7ºC, e em Paranoá, 34,0ºC.
Além das altas temperaturas, a umidade relativa do ar apresentou índices preocupantes, com níveis mínimos variando entre 10% e 14% nas principais localidades do DF, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Trata-se de um aviso vermelho, alertando que a umidade pode cair abaixo de 12% durante as horas mais quentes do dia.
Esse reflexo de baixa umidade é um fator que pode agravar problemas de saúde, afetando particularmente crianças e idosos, que são mais vulneráveis às condições climáticas extremas.
Possibilidade de chuvas e suas implicações
O meteorologista Olívio Bahia, do Inmet, avisa que há uma pequena chance de chuvas isoladas entre hoje e amanhã (13), já que nuvens começaram a se formar nas áreas adjacentes do DF. Ele afirma que “estas primeiras chuvas podem ser fortes porque está muito quente. Calor e umidade são dois ingredientes básicos para formação de instabilidade”, sugerindo que esse padrão é comum na primavera.
No entanto, Bahia também alertou que a expectativa de chuva pode desaparecer a partir de domingo (14). Um período chuvoso significativo, segundo as previsões, deve chegar à região apenas na segunda quinzena de outubro.
A estiagem que preocupa a saúde pública
A estiagem vem apresentando um quadro crítico, com registros imprecisos de chuva em diversas partes do DF. A última ocorrência significativa foi em Gama, em 30 de agosto, e o deserto se estende por 112 dias sem água em Brasília e 134 dias em Águas Emendadas. No ano passado, o DF enfrentou uma seca histórica, que durou 167 dias, deixando cicatrizes profundas na saúde pública.
Com as altas temperaturas e a baixa umidade, o bem-estar da população está em risco. Especialistas reforçam a necessidade de medidas preventivas que variam de orientações sobre hidratação, especialmente para crianças e idosos, à necessidade de cuidados específicos para pets e plantas.
Orientações para enfrentar o calor extremo
Entre as recomendações estão:
- Para adultos: Atenção redobrada à hidratação para evitar a desidratação, especialmente em atividades físicas.
- Para crianças: Supervisão contínua e pausas frequentes para beber água e evitar a exposição direta ao sol.
- Para idosos: Cuidados especiais com a líquidez e o repouso em ambientes frescos para prevenir complicações de saúde.
- Para pets: Proteção contra a exposição ao calor, garantindo passeios em horários frescos e disponibilidade de água fresca.
- Para plantas: Regar adequadamente e cuidar da exposição ao sol para garantir a sobrevivência das plantas durante as altas temperaturas.
Essas medidas se tornam essenciais em um clima que historicamente trouxe desafios à saúde pública e à qualidade de vida no DF enquanto a população aguarda um alívio com as chuvas da próxima quinzena. A situação meteorológica atual nos lembra da importância da preparação e alerta a todos sobre os riscos da onda de calor.
Para mais detalhes e atualizações sobre as condições climáticas e orientações, acesse o g1 DF.