No último dia 11 de setembro de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a uma pena de 27 anos e 3 meses pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão impactou profundamente o cenário político brasileiro, gerando reações polarizadas entre seus apoiadores e críticos. Enquanto bolsonaristas se reuniram para manifestar seu apoio em Brasília, opositores celebraram com festanças e música nas ruas. Este evento não apenas levantou discussões sobre a justiça no Brasil, mas também evidenciou a fratura que persiste na sociedade brasileira em torno do legado de Bolsonaro.
Vigílias e lamentos dos apoiadores
Em Brasília, a condenação provocou uma reação imediata dos bolsonaristas, que realizaram uma vigília em frente ao condomínio onde o ex-presidente está sob prisão domiciliar. Entre orações e lágrimas, os apoiadores de Bolsonaro expressaram sua tristeza e indignação. “Estamos aqui para mostrar que não desistimos dele e que acreditamos na sua inocência”, afirmou uma apoiadora, que preferiu não se identificar. O clima de fé e esperança contrastava fortemente com as reações de seus críticos.
Comemorações entre os opositores
No mesmo dia, ambientes festivos se formaram por todo o Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, onde críticos de Bolsonaro celebraram a condenação com instrumentos de percussão e sambas nas ruas do bairro Santa Teresa. “É um dia histórico para a democracia brasileira! Aqueles que usaram seu poder para tentar derrubar a ordem estão sendo responsabilizados”, afirmou outro manifestante do grupo opositor, que se dizia aliviado com a decisão do STF.
Quem foi condenado junto com Bolsonaro?
Além de Bolsonaro, outros sete integrantes do que foi referido como “núcleo crucial” da trama golpista também foram condenados. A pena aplicada a cada um dos réus variou, e a sociedade busca entender o impacto que essas sentenças poderão ter na política nacional. O detalhe de que alguns ministros do STF votaram pela condenação, enquanto outros pedem a absolvição, ressalta a complexidade do julgamento e as diferentes visões dentro do Judiciário em relação ao ex-presidente.
A decisão do STF e suas implicações
A Primeira Turma do STF, que proferiu a condenação, incluiu os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Alexandre de Moraes, relator do caso. A divergência na votação, com Luiz Fux defendendo a absolvição, evidencia a dicotomia das opiniões na corte mais alta do país. O crime de tentativa de golpe de Estado, a organização criminosa, a abolição violenta do Estado Democrático de Direito, o dano qualificado e a deterioração do patrimônio tombado foram as bases para a condenação severa de Bolsonaro.
O impacto na juventude e nas novas gerações
Na manhã do dia seguinte à condenação, grupos de estudantes em Brasília levaram a rua um boneco inflável gigante do ex-presidente, vestido como prisioneiro, que simboliza a crítica à sua figura. O “Pixuleco”, como foi chamado, rapidamente se tornou um símbolo de protesto, refletindo o descontentamento entre a juventude que não se esquece do passado recente do país e exige mudanças significativas na política. “Precisamos de um futuro melhor e essa condenação é um passo importante para isso”, explicou uma estudante envolvida na manifestação.
Repercussões sociais e políticas
A polarização que a condenação de Bolsonaro traz à tona não é apenas política, mas também social. Ao observar a convivência entre os apoiadores do ex-presidente e seus críticos, torna-se evidente que a divisão na sociedade brasileira é ainda mais profunda do que muitos acreditavam. As reações intensificadas, tanto em Brasília quanto em outras cidades, como no Rio de Janeiro, revelam que a política brasileira continua a ser um terreno fértil para a luta ideológica.
A condenação de Jair Bolsonaro não só representa uma nova fase na política brasileira, mas também reforça a necessidade de um diálogo saudável entre diferentes correntes de opinião. À medida que a sociedade processa essa nova realidade, a pergunta que se coloca é: quais serão os próximos passos para a unidade do povo e a estabilidade política no Brasil?
O tempo dirá como essas decisões judiciais influenciarão o futuro do país, mas a presença de vozes tão diferentes nas ruas deixa claro que a história do Brasil ainda está sendo escrita, e que a luta por justiça e pela democracia continua.