Brasil, 12 de setembro de 2025
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Bolsonaro é o quarto ex-presidente brasileiro a ser preso

O ex-presidente Jair Bolsonaro é o primeiro a ser condenado por tentativa de golpe de Estado na história do Brasil.

O Brasil vive um momento histórico, marcado pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na ação que investiga a tentativa de golpe de Estado ocorrida em janeiro de 2023. Com essa condenação, Bolsonaro se torna o quarto ex-presidente a ser detido desde a redemocratização do país, há 40 anos. Uma realidade preocupante, que levanta questões sobre a corrupção e a saúde da democracia no Brasil.

Os ex-presidentes detidos desde a redemocratização

Além de Jair Bolsonaro, outros três ex-presidentes já foram presos: Luiz Inácio Lula da Silva, Michel Temer e Fernando Collor de Mello. Todos enfrentaram ações relacionadas à corrupção, mas em momentos distintos de suas carreiras políticas. É interessante observar que, ao longo desse período, todos eles foram detidos enquanto não ocupavam mais a Presidência.

Assim como Bolsonaro, o ex-presidente Fernando Collor também enfrenta prisão domiciliar. Com isso, dos oito presidentes que governaram o Brasil desde a redemocratização, dois estão em prisão e um faleceu (Itamar Franco), enquanto José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Lula, Temer e Dilma Rousseff estão livres.

A condenação de Bolsonaro

A condenação de Bolsonaro marca um capítulo sem precedentes na história política brasileira. Ele foi considerado culpado por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A prisão ocorreu devido ao descumprimento de medidas cautelares, evidenciando a gravidade das acusações contra ele.

Lula, Temer e Collor: um histórico de prisões

A história de prisões de ex-presidentes no Brasil é complexa e repleta de reviravoltas. Lula, por exemplo, foi preso em abril de 2018 durante a Operação Lava-Jato, condenação que revoltou muitos de seus apoiadores. Ele passou 580 dias na prisão até que o STF decidisse alterar seu entendimento sobre a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. Em 2021, as condenações de Lula foram anuladas, permitindo seu retorno à política.

Michel Temer, por outro lado, teve sua prisão preventiva decretada quase três meses após passar a Presidência para Bolsonaro, também em meio às investigações da Lava-Jato. Acusado de chefiar uma organização criminosa, Temer foi detido e libertado em múltiplas ocasiões, sendo finalmente absolvido em 2022.

Fernando Collor, que foi eleito em 1989, também faz parte dessa lista de ex-presidentes presos. Ele foi detido recentemente, em abril de 2025, pelo STF, cumprindo uma pena de oito anos e dez meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, crimes pelos quais foi condenado.

O impacto político das condenações

A prisão de Bolsonaro e as condenações anteriores de Lula, Temer e Collor levantam discussões profundas sobre a corrupção no Brasil e o estado da democracia. A condenação de Bolsonaro, em especial, gera um debate sobre as dificuldades enfrentadas pelo atual governo e a polarização política que tomou conta do país nos últimos anos.

Os desdobramentos desses casos continuarão a ser acompanhados de perto pela sociedade brasileira, que busca aprender com os erros do passado e assegurar um futuro mais ético e respeitoso com a democracia. Além disso, a inelegibilidade resultante das condenações representa um desafio significativo para as futuras corridas eleitorais no país.

Enquanto o Brasil navega por esse novo capítulo de sua história política, a população deve continuar a exigir responsabilidade de seus líderes e permanecer atenta à luta contra a corrupção, fundamental para a preservação da democracia.

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