Brasil, 11 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Voto de ministro fux anima aliados e aumenta pressão sobre Valdemar

Decisão sobre absolvição de Jair Bolsonaro traz novo ânimo para aliados e pressão sobre liderança do PL.

O recente voto do ministro Luiz Fux pela absolvição de Jair Bolsonaro no julgamento da suposta trama golpista gerou uma onda de alívio entre os apoiadores do ex-presidente, especialmente dentro do Partido Liberal (PL). Após dias de incerteza e tensão, a leitura das 500 páginas do voto foi vista como um “respiro” momentâneo, indicando uma possível mudança no clima político em torno do ex-mandatário.

Impacto do voto de Fux no clima político

A análise do voto de Fux, embora considerada isolada, é vista como um fator que ajudou a reduzir a temperatura da crise envolvendo Bolsonaro. Aliados do ex-presidente relatam que o clima de desânimo, que começava a se espalhar entre a militância bolsonarista, foi substituído por um sentimento de esperança. Durante a noite, apoiadores se organizaram para uma vigília em frente ao condomínio onde Bolsonaro reside, convocados por deputados federais, evidenciando a mobilização crescente em defesa do ex-presidente.

A pressão sobre Valdemar Costa Neto

Dentro do PL, o voto foi interpretado como um alívio momentâneo, mas também como uma pressão crescente sobre o presidente do partido, Valdemar Costa Neto. Desde a imposição de medidas cautelares e da prisão domiciliar de Bolsonaro, muitos no partido esperam que Costa Neto assuma um papel mais ativo na defesa de seu colega de partido. A postura discreta de Valdemar, enquanto os filhos de Bolsonaro fazem aparições públicas marcadas por protestos e manifestações, se torna um ponto de incômodo para os mais leais ao ex-presidente.

A busca pela narrativa da absolvição

Os membros do PL analisam a situação atual como uma oportunidade de refinar a narrativa em torno da abolição de Bolsonaro e reforçar a importância da anistia como uma prioridade legislativa. É uma tentativa clara de capitalizar sobre o voto de Fux e utilizar os argumentos que ele apresentou em prol da defesa do ex-presidente.

Reação de Bolsonaro e seus filhos

Em Brasília, Bolsonaro, que acompanhou a leitura ao lado de sua esposa, Michelle, reagiu com entusiasmo ao voto de Fux, demonstrando pela primeira vez em semanas um certo otimismo. Essa reação contrasta com os dias anteriores, em que predominavam a apreensão e as queixas sobre a possibilidade de ser preso em regime fechado, gerando um clima de celebração contenida entre seus filhos.

Enquanto Flávio Bolsonaro esteve presente no Senado, Carlos utilizou as redes sociais para repercutir trechos do voto, e Eduardo, que se encontra nos Estados Unidos, tentou capitalizar a narrativa de que a Justiça está começando a reconhecer possíveis excessos no processo contra o pai.

Expectativas futuras entre deputados do PL

Apesar da renovação de ânimo, muitos deputados do PL manifestam uma avaliação contrária, considerando a condenação de Bolsonaro como inevitável. Há a expectativa de que a Corte forme uma maioria já na próxima quinta-feira, com o voto da ministra Cármen Lúcia. Essa possibilidade não impede, no entanto, que os dirigentes do partido procurem explorar politicamente a divergência gerada pelo voto de Fux, preparando uma eventual defesa para Bolsonaro em um recurso futuro. “Foi um sinal de que ainda há espaço para virar o jogo”, resumiu um interlocutor próximo ao núcleo político bolsonarista.

A situação permanece delicada, com a habilidade política do PL — e a atuação de Valdemar Costa Neto — se tornando fundamentais para enfrentar os desafios legais e a percepção pública que cercam o ex-presidente. Com o clima de expectativa em torno dos próximos passos do tribunal, a militância bolsonarista e os líderes do PL parecem se unir em torno da narrativa de defesa e anistia, mesmo diante do cenário incerto que se aproxima.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes