Brasil, 11 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Secretário de comércio de Trump impulsiona intervenção econômica nos EUA

Howard Lutnick, aliado de Trump, lidera iniciativas de investimento estatal e cria tensão entre empresas e governo americano

Nos últimos meses, Howard Lutnick, secretário de Comércio dos Estados Unidos, tem promovido uma série de ações que ampliam a influência do governo sobre o setor privado, gerando preocupações e debates no país. Essas medidas incluem a criação de um fundo estratégico e a aquisição de participações em gigantes da tecnologia e da defesa, sob a administração de Donald Trump.

Expansão do controle do governo sobre empresas brasileiras

Nas semanas anteriores, Lutnick negociou um acordo com o CEO da Intel, Lip-Bu Tan, visando transformar o governo americano no maior acionista da fabricante de chips. Segundo um vídeo divulgado nas redes sociais, Lutnick afirmou a Tan que “os Estados Unidos deveriam ter ações” nas empresas, destacando que essa postura representa o que Trump defende. O acordo foi fechado após Trump sugerir que Tan renunciasse ao seu cargo devido a ligações com empresas chinesas, o que resultou em alertas internos na gigante de tecnologia.

Investimentos e intervenções de Trump na economia americana

Desde sua posse, Trump vem adotando uma postura intervencionista com medidas que aumentam o controle do governo sobre setores estratégicos como aço, semicondutores e recursos naturais. Entre as ações, estão a compra de participações na U.S. Steel, MP Materials e a ameaça de tarifas comerciais a países como Japão, Coreia do Sul e China, além de negociações que prometem investimentos bilionários com foco na segurança nacional.

O Fundo de Segurança Nacional e Econômica

Um dos instrumentos centrais dessas ações é o recém-criado Investment Accelerator, uma iniciativa do Departamento de Comércio que funciona como um fundo de investimento voltado à ampliação da capacidade industrial dos EUA. Lutnick lidera a elaboração desse fundo, que poderá captar recursos estrangeiros e fazer participações em empresas de defesa, tecnologia e construção naval. O objetivo é fazer dinheiro para reforçar as indústrias domésticas e, potencialmente, reduzir a dívida pública americana.

Críticas e resistência interna ao intervencionismo

As ações de Lutnick despertam resistências internas na administração e entre empresários, que temem violações à legalidade e ameaças à competitividade do setor privado. Muitos executivos têm medo de fazer lobby diretamente ao governo, com receio de retaliações, o que levou alguns a comparar táticas de pressão ao estilo da máfia.

Alimentando as tensões, o governo de Trump anunciou a aquisição de participação na Intel de forma rápida, ao invés do procedimento gradual previsto, e sugeriu a possibilidade de controlar uma porcentagem das vendas de chips de inteligência artificial voltados à China, ideia que é vista como ilegal por juristas externos, devido a conflitos com regras de segurança nacional.

Reações e perspectivas futuras

Combatentes do intervencionismo, como o senador Bernie Sanders, criticaram duramente a ampliação do papel do Estado na economia, enquanto grupos empresariais expressam receio de que essas ações possam criar distorções de mercado e prejudicar a inovação. Segundo fontes próximas ao governo, há também preocupações sobre a legalidade dessas operações e sua compatibilidade com princípios tradicionais de mercado livre.

Enquanto Lutnick continua a implementar suas estratégias, autoridades como Scott Bessent, secretário do Tesouro, discutem a possibilidade de ampliar esses investimentos para setores de defesa e construção naval, além de uma possível atuação ainda mais agressiva na aquisição de participação em empresas estratégicas nos EUA e no exterior.

Para saber mais, acesse: Intervencionismo na América: como o secretário de comércio de Trump pressiona empresas privadas nos EUA

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes