Na tarde desta quinta-feira (11), a Polícia Civil interditou a clínica de estética Amacor, situada em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A ação ocorre duas dias após a morte trágica de Marilha Menezes Antunes, uma jovem de 28 anos, que faleceu durante um procedimento estético.
Motivos da Interdição e Investigações em Andamento
Os policiais lacraram todas as entradas da clínica enquanto continuam a coletar evidências para o inquérito policial que investiga a morte da jovem. O caso gerou grande repercussão e mobilizou a comunidade, que expressou sua indignação nas redes sociais. O corpo de Marilha foi submetido a autópsia, e o laudo preliminar do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que sua morte ocorreu devido a uma “ação perfuro contundente” e hemorragia interna, resultado do procedimento de lipoaspiração a que a jovem se submeteria.
Familiares de Marilha alegam que ela estava saudável e havia realizado todos os exames médicos necessários antes do procedimento, que custou cerca de R$ 5 mil. Os parentes também afirmam que a clínica não possuía equipamentos adequados para atender emergências durante a cirurgia. “Ela tinha apenas 28 anos e um filho de 6 anos. É um desrespeito com a vida humana o que ocorreu”, comentou um amigo da vítima.
Prisão de Gerentes da Clínica
Duas gerentes da clínica foram presas em flagrante na quarta-feira (10), quando agentes encontraram medicamentos vencidos espalhados pelo centro cirúrgico e até no carrinho de parada cardíaca, local onde Marilha teve complicações. Após pagarem fiança, ambas foram liberadas, mas as investigações continuam. Os investigadores estão realizando depoimentos com os profissionais que atenderam Marilha, bem como com um fiscal da Vigilância Sanitária.
Resposta da Clínica e Posição do Conselho Regional de Medicina
A administração da clínica Amacor se manifestou oficialmente, afirmando que possui todos os equipamentos necessários para emergências e que as manobras de ressuscitação foram acionadas imediatamente após a identificação da parada cardiorrespiratória de Marilha. “Lamentamos profundamente o ocorrido e estamos colaborando com as autoridades competentes. Não podemos comentar sobre os detalhes do caso devido às investigações em andamento”, declarou a clínica.
O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) anunciou a abertura de uma sindicância para apurar as circunstâncias da morte de Marilha e se os procedimentos seguidos estavam de acordo com as normas estabelecidas. “A responsabilidade pelo atendimento deve ser levada em conta, e a saúde do paciente é sempre a prioridade”, afirmou um representante do Conselho.
Funeral e Repercussão da Tragédia
O velório e o enterro de Marilha ocorreram na quarta-feira (10), no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, onde amigos e familiares prestaram suas últimas homenagens. A tragédia gerou debates sobre a regulamentação das clínicas de estética no Brasil e a importância da segurança no cumprimento de procedimentos cirúrgicos, especialmente em um setor que vem crescendo rapidamente nos últimos anos.
Pedimos à comunidade que continue a acompanhar as investigações. Marilha não é apenas mais uma estatística dessas ocorrências. Sua morte levanta questões sobre a necessidade de regulamentações mais rigorosas nesse setor, que deve garantir a segurança dos pacientes acima de tudo.
Acompanhe atualizações sobre esse caso e outras notícias do Rio de Janeiro pelo nosso portal.
Para mais informações sobre o caso de Marilha e as investigações em andamento, você pode acessar a matéria completa no link a seguir: Fonte.