Brasil, 11 de setembro de 2025
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Operação do MP investiga ex-secretária e ex-deputado por desvio de verbas

Ministério Público apura suspeitas de irregularidades em verbas destinadas ao esporte no Distrito Federal.

Uma operação do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) está investigando a ex-secretária de Esportes, Giselle Ferreira, e o ex-deputado distrital Reginaldo Sardinha, em um caso envolvendo o desvio de verbas públicas destinadas à Secretaria de Esportes. De acordo com as investigações, os recursos teriam sido enviados a uma associação de Jiu-Jitsu que, na verdade, funcionava como uma fachada.

Desvios e Fraudes

A operação, que faz parte da segunda fase da chamada Operação Armlock, levou à emissão de 22 mandados de busca e apreensão para serem cumpridos no Distrito Federal e em Goiás. Os investigadores afirmam que a associação em questão recebeu verbas públicas com conluio de servidores da Secretaria e organizou eventos esportivos que nunca aconteceram.

As empresas ligadas à associação emitiam notas fiscais falsas ou superfaturadas, em uma tentativa de simular despesas fictícias. Segundo as autoridades, os valores desviados eram posteriormente divididos entre os integrantes da organização criminosa.

Possíveis Crimes e Consequências

Os envolvidos no esquema podem ser responsabilizados por vários crimes, incluindo:

  • Peculato
  • Corrupção ativa
  • Corrupção passiva
  • Organização criminosa
  • Lavagem de dinheiro

As investigações estão sendo realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Vice-Procuradoria-Geral de Justiça do MPDFT, com o apoio da Polícia Civil do DF durante o cumprimento dos mandados.

Contexto da Operação Armlock

A Operação Armlock teve início em maio de 2023, quando a primeira fase do inquérito já havia revelado irregularidades na liberação de verbas para eventos esportivos. Na ocasião, 30 mandados de busca e apreensão foram executados nas Secretarias de Economia e de Esporte. As investigações mostraram que a Secretaria de Esporte havia liberado recursos de forma ilegal para diversas instituições, não apenas para a associação de Jiu-Jitsu em questão.

Muitos dos eventos beneficiados pela verba nunca ocorreram, evidenciando uma rede de corrupção que funcionava sob a aparência de atividades legítimas. Francisco Santoro, ex-presidente da instituição, também foi alvo das investigações, por sua ligação com a Secretaria de Economia.

Resposta da Secretaria da Mulher

Em nota à imprensa, a Secretaria da Mulher, atualmente dirigida por Giselle Ferreira, expressou que a secretária “reitera sua total confiança na lisura, integridade e legalidade de todos os processos administrativos conduzidos durante sua gestão”. Além disso, Ferreira reafirmou seu compromisso com a transparência e a ética na gestão pública.

“A Secretária confia nos órgãos de controle e coloca-se à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos que se façam necessários, colaborando com total abertura e responsabilidade institucional”, informou a nota.

Repercussões e Investigações Futuros

Enquanto as investigações continuam, a situação levanta preocupações sobre a gestão de verbas públicas e a necessidade de uma supervisão mais rigorosa em processos administrativos. O caso pode ter repercussões significativas não apenas para os envolvidos, mas também para a administração pública no DF como um todo. A população aguarda um desfecho que traga transparência e justiça em relação aos desvios de verbas que afetam diretamente o investimento em esportes e atividades recreativas.

O ambiente político e social na região poderá sentir os efeitos da operação, impulsionando discussões sobre ética e responsabilidade nas esferas governamentais. A comunidade está atenta às futuras etapas das investigações e espera que medidas concretas sejam tomadas para prevenir fraudes semelhantes.

A reportagem também buscou contato com Reginaldo Sardinha, mas até o momento, não obteve retorno.

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