Brasil, 11 de setembro de 2025
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Objeto interestelar 3I/ATLAS muda de cor e forma enquanto se aproxima da Terra

O objeto 3I/ATLAS, que atravessa nosso sistema solar, perdeu seu tom avermelhado e agora brilha em verde.

A equipe sugeriu que esse fenômeno ocorreu devido à transição do objeto de refletir a luz solar off de uma fina camada de poeira vermelha em sua superfície para a liberação de pequenas partículas de gelo brilhantes, que tornaram a pluma ao seu redor mais reflexiva. O 3I/ATLAS fará sua aproximação mais próxima da Terra em 19 de dezembro de 2025, a uma distância de 168 milhões de milhas, equivalente à distância entre nosso planeta e Marte.

Desenvolvimentos intrigantes sobre a origem do objeto

O físico da Universidade de Harvard, Avi Loeb, compartilhou as novidades da equipe austríaca em seu blog, sugerindo que a transformação da cor vermelha para verde-azulada se deve ao aumento na produção de cianeto (CN), com base em observações do Very Large Telescope. O estudo revelou que 3I/ATLAS está emitindo cianeto a uma taxa impressionante de 20 gramas por segundo.

À medida que o 3I/ATLAS se aproxima do Sol, a liberação de cianeto e níquel (sem a presença de ferro) aumenta drasticamente, seguindo um padrão proporcional à nona potência da sua distância do Sol, como explicou Loeb. 3I/ATLAS é considerado o terceiro objeto interestelar observado e, ao contrário do primeiro, o 1I/`Oumuamua, que não apresentou sinais de gás ou poeira, ou do segundo, 2I/Borisov, que se comportou como um cometa típico, o 3I/ATLAS apresenta características únicas, incluindo uma anti-cauda, alterações extremas de cor e uma coma massiva.

Teorias em debate

Embora a equipe austríaca tenha descartado a teoria de Loeb de que 3I/ATLAS poderia ser uma sonda alienígena, devido à sua impressionante luminosidade e tamanho, o físico argumenta que muitos dos dados recentes não foram considerados. Ele também destacou a descoberta de uma pluma incomum de níquel, o que é intrigante pois, em cometas naturais, é sempre detectado níquel junto ao ferro. No caso do 3I/ATLAS, esta emissão acontece sem a presença de ferro, levantando dúvidas sobre a origem desse níquel.

Loeb questionou: “Essa anomalia é outra pista para uma possível origem tecnológica de 3I/ATLAS?” O estudo recente, publicado por astrofísicos no Chile no final de agosto, encontrou que 3I/ATLAS está perdendo níquel a uma taxa de cerca de cinco gramas por segundo. Isso, juntamente com a emissões de cianeto, que também aumentam à medida que o objeto se aproxima do Sol, sugere que os mecanismos que impulsionam essas emissões não são típicos dos processos naturais observados em cometas.

O futuro da observação de 3I/ATLAS

Enquanto novas observações são realizadas e mais dados são coletados, a expectativa é que em 2025, quando o 3I/ATLAS estiver mais próximo da Terra, os cientistas possam aprender ainda mais sobre este intrigante objeto. A comunidade científica está ansiosa para entender como um corpo celeste que passou bilhões de anos viajando pelo espaço se comporta e muda sob a influência do Sol.

Além disso, o aumento da produção de níquel e cianeto é motivo de intenso estudo, pois sugere um comportamento não convencional que desafia a compreensão atual dos cometas. Com mais observações programadas e um crescente interesse no fenômeno, o 3I/ATLAS promete continuar sendo um tema fascinante de pesquisa e debate entre astrofísicos e entusiastas da astronomia em todo o mundo.

Recentemente, o objeto interestelar 3I/ATLAS, que está atravessando nosso Sistema Solar, passou a apresentar uma coloração verde e novos formatos, despertando a atenção de cientistas e entusiastas da astronomia. Observações realizadas por uma equipe de astrônomos austríacos mostram alterações significativas na aparência do corpo celeste, que estava originalmente com um brilho avermelhado. Esses dados foram capturados no dia 7 de setembro, durante um eclipse lunar total, e revelaram a presença de uma coma rica em gás ao redor do objeto.

Mudanças de cor e comportamento incomum

De acordo com os especialistas, essas mudanças de cor e forma não se encaixam nos modelos atuais de cometas. “Durante o eclipse lunar total, conseguimos registrar uma imagem detalhada do Cometa 3I/ATLAS sob os céus escuros da Namíbia”, afirmou o astrônomo Michael Jäger. “Ao combinar múltiplas exposições em luz azul, verde e vermelha, conseguimos ver claramente a coma rica em gás do cometa”, completou.

Dados divulgados esta semana pela equipe do telescópio ATLAS indicaram que a nuvem de luz ao redor de 3I/ATLAS se expandiu rapidamente quando o objeto estava longe do Sol, desacelerando conforme se aproximava.

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