Brasil, 11 de setembro de 2025
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O que está alarmando os médicos sobre a Covid agora

Casos crescentes, regras confusas e risco para crianças menores de dois anos preocupam especialistas na pandemia

A pandemia de Covid-19 apresenta desafios atuais que preocupam médicos e especialistas em saúde, com o aumento de casos, regras de vacinação confusas e riscos para os mais jovens. A situação ocorre em um momento de maior compartilhamento de ambientes fechados com o avanço do frio, potencializando o crescimento da transmissão.

Redução da vacinação devido às regras confusas

Apesar de, no ano passado, qualquer pessoa acima de seis meses poder receber a vacina contra a Covid, neste ano as restrições ficaram mais rígidas. Atualmente, apenas idosos acima de 65 anos ou pessoas com condições de saúde específicas têm acesso à vacinação em algumas regiões, o que gera um cenário de confusão.

“É uma bagunça. Com as novas regras, vacinar-se virou uma busca caótica que depende do estado onde a pessoa mora”, afirma Dr. Oni Blackstock, especialista em saúde, ao HuffPost. Enquanto alguns locais, como Nova York, permitem a vacinação sem critérios, outros, como Geórgia e Louisiana, exigem prescrição médica, dificultando o acesso.

Risco aumentado para crianças menores de 2 anos

Um aspecto preocupante destacado por pediatras é a vulnerabilidade de crianças abaixo de dois anos, que possuem acesso limitado às vacinas e correm risco de desenvolver doenças graves. “São crianças que muitas vezes precisam de internação, até na UTI, para receber oxigênio ou suporte respiratório”, explica Dra. Anita Patel, especialista em cuidados intensivos pediátricos.

Embora existam vacinas para crianças de 6 meses e mais velhas com condições específicas, muitas delas ainda não têm acesso universal, deixando uma população vulnerável. A proteção através da vacinação é fundamental para evitar complicações severas.

Long COVID e o perigo da hesitação vacinal

Uma das maiores preocupações é que a hesitação em se vacinar aumente os casos de Long COVID, condição que provoca sintomas persistentes por semanas ou anos após a infecção. Estudos indicam que a vacina é eficaz na prevenção dessas sequelas, além de reduzir riscos de coágulos e acidentes vasculares cerebrais.

“Se as pessoas optarem por não se vacinar por causa da confusão nas regras, mais casos de Long COVID poderão surgir na população, além de outras complicações graves”, alerta Dra. Patel. A negligência na imunização pode levar a um aumento na circulação do vírus e suas complicações a longo prazo.

Disparidades no acesso às vacinas e impacto na saúde coletiva

Outro ponto preocupante é que a exigência de receita médica e a desigualdade no acesso à atenção primária a saúde podem aprofundar as disparidades existentes. “Muita gente não tem médico de família ou está sobinsured, dificultando a vacinação”, afirma Dr. Eric Burnett, especialista em medicina interna.

Com a chegada do outono e inverno, o sistema de saúde enfrenta a ameaça de superlotação. Hospitais, já sobrecarregados por sequelas da Covid e outras doenças respiratórias, correm risco de ficar ainda mais lotados, dificultando o atendimento a pacientes com urgência.

Perspectivas futuras e necessidade de atenção

Especialistas alertam que o cenário atual exige atenção redobrada, com estratégias claras para ampliar a vacinação, especialmente entre grupos vulneráveis, e combater a desinformação. A preparação para a temporada de doenças respiratórias deve incluir uma forte campanha de conscientização para evitar o colapso dos hospitais.

“Ainda estamos vivendo as consequências da pandemia, que interrompeu o cuidado com a saúde de muitas pessoas. Precisamos reorganizar a assistência e incentivar a vacinação”, conclui Dr. Burnett.

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