Brasil, 11 de setembro de 2025
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Missão e comunhão: bispos se reúnem em curso na Santa Sé

Bispos de recente nomeação se reúnem em Roma para discutir a missão da Igreja e a responsabilidade de promover a comunhão episcopal.

No dia 9 de setembro, cerca de 200 bispos de recente nomeação estiveram reunidos em Roma, na Sala Nova do Sínodo, para uma manhã rica em atividades dedicadas ao aprimoramento de sua missão episcopal. O encontro, que faz parte dos cursos de formação promovidos pelos Dicastérios da Santa Sé, destacou a relação de corresponsabilidade dos bispos com o Sucessor de Pedro, o Papa, além de refletir sobre a importância de sua atuação pastoral em um mundo em constante transformação.

A importância da solicitude episcopal

Inspirado nas palavras de São Paulo, que alerta sobre os riscos do apego excessivo ao dinheiro, um dos temas centrais do encontro foi a integração de recursos materiais na missão da Igreja. Durante as discussões, os bispos refletiram sobre como a generosidade e a partilha de bens são fundamentais na construção de uma Igreja solidária e em comunhão. O cardeal Luis Antonio Tagle, pró-prefeito do Dicastério Missionário, enfatizou que a “comunhão missionária” vai além de um simples sentimento, mostrando-se como uma prática concreta por meio do apoio mútuo entre as dioceses e a Igreja de Roma.

Retomando as raízes da partilha

A história da partilha de recursos na Igreja é rica e remonta aos primórdios do cristianismo. De acordo com o cardeal Tagle, este legado é essencial e deve ser honrado, ressaltando que os primórdios da Igreja, descritos nos Atos dos Apóstolos, mostram a fidelidade à prática do compartilhar. Segundo ele, “devemos beber continuamente desta fonte”, referindo-se à necessidade de que as práticas de generosidade permeiem a vida das dioceses contemporâneas.

Durante a discussão, o Dr. Giuseppe De Summa, Oficial da Administração do Dicastério, apresentou ferramentas que suportam a missão episcopal e fortalecem a comunhão entre as Igrejas locais e a Santa Sé. Ele destacou que a corresponsabilidade missionária não surge de uma simples formalidade, mas sim como resposta a um compromisso de fé e amor ao próximo.

O papel das Pontifícias Obras Missionárias

As Pontifícias Obras Missionárias (POM) foram mencionadas como um dos principais instrumentos de ação conjunta entre os bispos e o Papa. O Pe. Tadeusz Nowak, secretário-geral da POM, exemplificou como essa rede global de apoio é vital em regiões onde o Evangelho ainda está se estabelecendo. Ele destacou que as POM não são uma simples instituição de financiamento, mas sim um meio de despertar e mobilizar o espírito missionário entre todos os fiéis.

Além disso, o pe. Nowak reforçou a função das POM como facilitadoras de comunicação entre a Santa Sé e as Igrejas locais, promovendo a partilha de recursos e auxiliando na formação de agentes missionários. Ele recordou a origem das POM e sua evolução ao longo dos anos, ressaltando a importância de todos os bispos na nomeação de diretores diocesanos que ajudarão a apoiar a missão universal.

Desafios e compromissos futuros

O encontro também abordou os desafios que a Igreja enfrenta na atualidade, como a transparência das doações e a utilização adequada dos recursos. O Dr. De Summa lembrou que a Santa Sé tem implementado medidas para garantir a integridade das finanças e a prestação de contas aos doadores, mostrando um compromisso com a ética e a transparência que são essenciais para a confiança pública.

Para os novos bispos, a tarefa de administrar recursos em suas dioceses não é apenas uma questão de finanças, mas de espiritualidade e de vida comunitária. O cardeal Tagle salientou que cada bispo deve cultivar uma relação equilibrada entre cuidar de sua própria Igreja e prestar atenção às necessidades da Igreja universal, numa dinâmica de tensão que enriquece ambas as partes.

Encerrando o encontro, os bispos foram convidados a levar consigo a experiência enriquecedora e o compromisso renovado de servir com generosidade, sabendo que sua missão vai além das fronteiras de suas dioceses, abarcando as necessidades de toda a Igreja. Este momento de formação reafirmou a união na diversidade da Igreja Católica e a força da comunhão missionária na propagação do Evangelho.

*Agência Fides

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