Brasil, 12 de setembro de 2025
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Lula minimiza dissenso de Fux em condenação de Bolsonaro

O presidente Lula comentou a absolvição de Bolsonaro por Luiz Fux em julgamento histórico da trama golpista.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou, nesta quinta-feira (11), as divergências do ministro Luiz Fux no julgamento da trama golpista, onde Fux foi o único membro da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a absolver Jair Bolsonaro. Lula, em um discurso assertivo, afirmou que existem provas suficientes contra o ex-presidente e classificou a posição do ministro como “problema dele”.

Decisão histórica do STF

Com um placar de 4 votos a 1, a Primeira Turma do STF decidiu condenar Jair Bolsonaro e outros sete aliados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado. A pena imposta ao ex-presidente foi de 27 anos e 3 meses, em regime inicialmente fechado. Este é um momento inédito na história do Brasil, pois é a primeira vez que um ex-presidente é condenado por tentativa de golpe de Estado.

Os votos pela condenação foram dados pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Alexandre de Moraes, que é o relator do caso. Em contrapartida, Luiz Fux defendeu a absolvição de Bolsonaro, gerando um forte debate sobre a legalidade e a ética das ações do ex-presidente e seus aliados.

As afirmações contundentes de Lula

— “Bolsonaro tentou dar um golpe neste país. São dezenas, centenas de provas, de atos, de falas, de discursos, de material por escrito, de tudo o que ele tentou fazer. Se o ministro Fux não quiser as provas, é um problema dele. Eu acho que as provas estão fartas”, afirmou Lula em uma entrevista registrada antes da formação da maioria pela condenação. O presidente reforçou que Bolsonaro “covardemente” articulou toda a trama e, ao final, não teve coragem de arcar com suas consequências.

Além de comentar sobre o julgamento, Lula também se manifestou sobre a possibilidade de novas sanções do governo dos Estados Unidos ao Brasil. Ele declarou que está preparado para responder às iminentes penalidades, salientando que os Estados Unidos “precisam saber que não estão tratando com uma republiqueta de banana”. Lula deixou claro que o Brasil mantém sua soberania e dignidade perante as relações internacionais.

Luta contra a anistia de golpistas

Na mesma ocasião, o presidente anunciou que o governo vai “trabalhar contra a anistia” que está sendo discutida no Congresso. Esse é um movimento que surge entre os apoiadores de Bolsonaro, que esperam garantir a liberdade dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e dos réus envolvidos na trama. Essa declaração de Lula sinaliza um compromisso em manter a legalidade e a justiça em relação aos crimes cometidos contra a democracia brasileira.

A condenação de Bolsonaro e seus aliados, bem como as declarações de Lula, foram um marco significativo na política brasileira e na luta pela manutenção do Estado Democrático de Direito. A profundidade do julgamento e as reações subsequentes refletem um momento decisivo na história recente do Brasil, onde a accountability se torna essencial para o futuro político do país.

O diálogo contínuo e os desdobramentos futuros deste caso prometem impactar não apenas o cenário político, mas também a percepção da sociedade sobre a impunidade e a justiça no Brasil. A luta pela democracia e pelo respeito às instituições se torna cada vez mais relevante neste contexto, à medida que a população observa atentamente as evidências e decisões judiciais que moldarão os próximos passos da nação.

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