Brasil, 11 de setembro de 2025
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Lula defende redução da taxa Selic com sobriedade para evitar instabilidades

Presidente Lula aposta em queda gradual da Selic, atualmente em 15%, para evitar impacto negativo na economia brasileira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que a redução da taxa básica de juros, a Selic, deve ocorrer de forma gradual e com sobriedade. A declaração foi feita em entrevista gravada ao Jornal da Band, destacando a necessidade de evitar movimentos abruptos que possam gerar instabilidades na economia brasileira.

Lula destaca a importância de uma redução sustentada

Segundo Lula, a diminuição do patamar dos juros é essencial, mas precisa acontecer de maneira controlada. “Pode ser esse ano ainda, mas tem que começar a baixar com muita sobriedade e sustentabilidade, porque a gente não pode ficar numa gangorra”, afirmou o presidente.

Atualmente, a Selic, que é determinada pelo Banco Central (BC), está em 15% ao ano — o maior nível desde 2006. Lula reforçou a confiança na equipe liderada por Gabriel Galípolo, indicado por ele para presidir o BC, afirmando que há compreensão de que é preciso reduzir os juros gradualmente.

Controle da inflação e o momento de baixar os juros

O presidente destacou que o controle da inflação tem sido uma prioridade do governo. “A inflação está na metade do valor de quando recebi o governo, e vamos baixar mais”, afirmou. Lula ressaltou que o momento adequado para a redução dos juros será definido com base na convergência lenta da inflação à meta, como apontado pelo próprio presidente do BC.

Recentemente, Galípolo afirmou que o Brasil deve manter a taxa de juros elevada por um período prolongado, diante do cenário de descumprimento temporário da meta de inflação. Segundo Lula, essa postura é necessária para garantir a estabilidade econômica.

Perspectivas para a política monetária

Na abertura do Congresso e Expo Fenabrave, evento organizado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) em São Paulo, Lula reforçou o entendimento de que a política monetária deve permanecer restritiva até que haja uma convergência mais rápida da inflação.

“A gente vem reforçando que essa taxa de juros deve permanecer por um período prolongado num patamar restritivo, justamente porque estamos num cenário de ter descumprido a meta. A convergência está se dando de uma maneira lenta, e por isso, a política monetária precisa ser firme”, declarou Lula.

Segundo analistas do mercado, a trajetória de redução dos juros deve depender do ritmo da inflação, que vem apresentando sinais de desaceleração, e do controle das contas públicas para evitar surpresas negativas na economia brasileira.

Mais detalhes sobre as declarações de Lula e os próximos passos na política de juros podem ser acessados neste link.

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