Brasil, 11 de setembro de 2025
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Jogadoras brasileiras de vôlei deixam Nepal em meio a protestos violentos

Mayra Souza e Ana Flávia Galvão, atletas que jogam no Nepal, abandonaram hotel após invasão durante manifestações no país.

As jogadoras brasileiras de vôlei, Mayra Souza e Ana Flávia Galvão, enfrentaram uma situação alarmante no Nepal, onde chegaram no início de setembro como reforços para a equipe Karnali Yashvis. Devido a protestos violentos nas cidades nepalesas, as atletas foram obrigadas a deixar às pressas o hotel em que estavam hospedadas, o que gerou preocupação em seus familiares e nos fãs.

Uma chegada com promessas e desafios

Mayra e Ana Flávia, ambas naturalmente mineiras, foram recebidas com entusiasmo no dia 1º de setembro, quando foram apresentadas oficialmente como as novas atletas internacionais da campeonato Everest Women’s Volleyball League. No entanto, suas aspirações de competir se tornaram secundárias diante dos eventos tumultuados que se desenrolaram rapidamente no país.

O hotel em que a equipe se hospedava, situado em Pokhara, a cerca de 200 km da capital Kathmandu, foi invadido por manifestantes insatisfeitos com a situação socioeconômica do Nepal. As jogadoras se viram obrigadas a deixar o local às pressas e buscar abrigo em uma área de mata nas proximidades. A situação era tensa e gerava apreensão não só nas jogadoras, mas em todos os que acompanhavam a situação.

Fuga e retorno a Kathmandu

Após deixarem o local, Ana Flávia e Mayra conseguiram se hospedar em um novo hotel até que pudessem voltar a Kathmandu. Em uma demonstração de resiliência, Ana Flávia compartilhou em suas redes sociais a jornada de retorno à capital, tranquilizando amigos e familiares sobre sua segurança.

A última partida das jogadores havia ocorrido na segunda-feira (8), onde a equipe Karnali venceu o Kathmandu Spikers por 3 a 0, destacando-se no campeonato. Ana Flávia foi eleita a melhor jogadora da partida, um momento que parecia promissor para a sequência da competição, mas o clima de incerteza levou ao cancelamento da rodada seguinte programada para a terça-feira (9).

Motivos dos protestos no Nepal

A origem dos protestos violentos que estão agitando o Nepal pode ser atribuída ao descontentamento entre a juventude do país, especialmente a chamada “Geração Z”. Os manifestantes criticam os privilégios desfrutados pelos filhos de políticos, enquanto a maioria da população jovem enfrenta dificuldades, como a escassez de empregos. Desde o início das manifestações, mais de 30 mortes e cerca de 1.500 feridos foram registrados.

Segundo informações da imprensa local, o estopim dos protestos ocorreu quando o governo anunciou um projeto de lei que exigia regulamentação das redes sociais, o que foi amplamente interpretado como uma tentativa de censura e uma ameaça à liberdade de expressão. Apesar de algumas plataformas cumprirem as exigências, muitas outras enfrentaram bloqueios, intensificando o ambiente de insatisfação entre os jovens.

Com a situação escalando, o Exército foi mobilizado para as ruas de Kathmandu na quarta-feira (10) com o objetivo de restaurar a ordem e conter a violência. A presença militar no centro da capital reflete a gravidade da situação e a urgência em sanar os conflitos que afetam a sociedade nepalesa.

As atletas brasileiras, enquanto enfrentavam seus próprios desafios, se tornam também um símbolo da intersecção entre o esporte e questões sociais em um país onde a realidade se torna difícil de ignorar.

Encerramento

O destino das jogadoras brasileiras ainda é incerto, mas o mais importante é que elas conseguiram sair de uma situação potencialmente perigosa. A esperança é que a situação no Nepal se estabilize e que a equipe possa, em um futuro próximo, retomar suas atividades esportivas em um ambiente mais seguro. Para muitos, a narrativa destas atletas transcende o esporte e se entrelaça com as complexidades da vida social e política do Nepal neste momento crítico.

Você pode acompanhar mais sobre esta situação e o desenrolar dos eventos no Japão nos meios de comunicação locais e internacionais.

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