A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 de 2,5% para 2,3%, conforme divulgado no boletim macrofiscal nesta quinta-feira. Além disso, a estimativa de inflação, medida pelo IPCA, foi reduzida de 4,9% para 4,8% neste ano.
Desempenho abaixo do esperado e fatores econômicos
A Fazenda avalia que o resultado do PIB no segundo trimestre ficou abaixo do esperado, em comparação ao que havia sido projetado em julho, quando a previsão de crescimento foi revisada de 2,4% para 2,5%. O boletim aponta que o desempenho mais fraco reflete, principalmente, a política de juros do Banco Central, que elevou a Selic para 15% em julho, o maior nível desde 2006.
“Esse quadro de desaquecimento da atividade econômica está associado à política monetária restritiva, levando à desaceleração do crédito”, afirma o documento oficial.
Impactos da política monetária e fatores internacionais
O boletim destaca que a política de juros mais alta contribuiu para o desaquecimento econômico, resultado da elevação da taxa básica de juros. Além disso, o ambiente externo também apresenta insegurança devido às tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. “Embora as indefinições quanto ao nível das tarifas tenham diminuído, a incerteza comercial seguiu elevada, refletindo, sobretudo, a falta de previsibilidade em relação às políticas fiscais e comerciais nos Estados Unidos”, avalia a equipe econômica.
Perspectivas de inflação e cenário externo
Para 2026, a previsão de inflação, medida pelo IPCA, permaneceu em 3,6%, alinhada à meta ano a ano. O boletim também aponta que a valorização do real frente ao dólar e a queda nos preços de alimentos e bens industriais contribuíram para a redução da inflação do ano.
A Fazenda ainda destaca que a influência do tarifamento de Donald Trump, com impacto na oferta global de bens, afetou o cenário econômico internacional. Segundo o documento, essa incerteza reforça as dificuldades na projeção de crescimento da economia brasileira.
Previsões futuras e fatores de risco
O relatório aponta que a incerteza no ambiente externo e a dinâmica das tarifas comerciais permanecem como principais riscos para o crescimento econômico brasileiro. A equipe da Fazenda acredita que, apesar da redução nas estimativas, o cenário exige atenção às variáveis fiscais e políticas externas.
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