O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) gerou polêmica nas redes sociais nesta quinta-feira ao ofender o comediante Whindersson Nunes, chamando-o de “canalha”. A troca de ofensas aconteceu depois que Nunes comentou sobre o atentado que resultou na morte do influenciador conservador Charlie Kirk, de 31 anos, nos Estados Unidos.
A troca de farpas nas redes sociais
A controvérsia começou quando Nikolas Ferreira publicou um tweet provocativo após o ataque que resultou na morte de Charlie Kirk, que foi baleado no pescoço durante um evento em Utah. O deputado se referiu à “extrema-direita que eles tanto têm medo”, levantando especulações sobre eles serem alvo de violência política.
Whindersson Nunes, conhecido por seu humor ácido e influente presença online, não hesitou em criticar o tom da mensagem de Nikolas. Ele ressaltou que o atentado a Kirk não foi apenas um incidente isolado, mas sim uma consequência da polarização política que se intensifica nos dias atuais. Em sua resposta, Nunes disse: “O cara levou um tiro no pescoço devido à polarização, o que o cristão diz: [referindo-se ao tweet de Nikolas]”.
Após o comentário de Nunes, Nikolas não perdeu tempo para atacar o comediante diretamente, alegando que Whindersson estava mais preocupado com um tweet irônico do que com a gravidade do atentado. “Ele tá mais chocado com um tweet irônico do que com o atentado. E ainda cita cristianismo. Vai ser canalha assim lá longe”, disparou o deputado, intensificando a troca de ofensas.
Entenda a morte de Charlie Kirk
O influenciador conservador Charlie Kirk, fundador da Turning Point USA, foi morto no campus da Universidade Utah Valley quando discursava para estudantes e membros da comunidade local. O ataque aconteceu cerca de 20 minutos após ele iniciar sua apresentação. De acordo com informações iniciais, o suspeito disparou contra Kirk a partir do Losee Center, um prédio situado a cerca de 200 metros do palco. Embora tenha sido noticiado que o atirador tinha sido capturado, posteriormente foi confirmado que ele estava foragido.
Testemunhas relataram que, momentos antes do ataque, uma pessoa se aproximou de Kirk e questionou sobre a presença de “atiradores transgêneros”, o que levou a especulações sobre o contexto do ataque, especialmente em meio às discussões políticas em andamento nos EUA sobre o acesso de pessoas trans a armas. Poucas horas após o atentado, Donald Trump confirmou a morte de Kirk em suas redes sociais, informação que também foi corroborada pelos representantes do influenciador.
As investigações do caso estão em andamento, com equipes do FBI e da ATF envolvidas. O governador de Utah, Spencer Cox, declarou que todos os envolvidos no ataque seriam responsabilizados. Todd Blanche, do Departamento de Justiça, expressou suas condolências e destacou a tarefa da investigação, que está sendo realizada ativamente.
Quem foi Charlie Kirk?
Charlie Kirk, nascido em 1993, tornou-se conhecido por seus discursos incendiários e pela defesa de ideais conservadores. Sua ascensão começou com um artigo publicado no site Breitbart News em 2012, onde criticava a “doutrinação” progressista nas escolas. A partir daí, ele se consolidou como uma figura proeminente em movimentos conservadores, especialmente durante a campanha presidencial de Donald Trump em 2016.
Com um enfoque em teorias da conspiração como o “marxismo cultural” e o “negacionismo das mudanças climáticas”, Charlie Kirk comandou a Turning Point USA, uma organização que se tornou um pilar do conservadorismo juvenil americano. Além disso, seu nome é frequentemente associado a controvérsias sobre suas declarações radicais, especialmente em momentos críticos, como a pandemia de Covid-19, quando seu grupo promoveu desinformação sobre vacinas.
Com a morte trágica de Kirk, o debate sobre a polarização política nos Estados Unidos e as suas possíveis consequências, incluindo a violência, ganha um novo capítulo. A discussão em torno de sua figura e das repercussões políticas vão além das redes sociais, evocando uma reflexão mais profunda sobre a retórica e as divisões que marcam o atual cenário político.
Enquanto isso, a troca de ofensas entre Nikolas Ferreira e Whindersson Nunes ilustra como a tensão política transcende fronteiras, envolvendo figuras públicas em um debate que vai além do humor e da política, adentrando questões de segurança e responsabilidade social.