Brasil, 11 de setembro de 2025
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Comércio irregular de pets e riscos ambientais no Brasil

A bióloga Isabelle Corrales Nunes alerta sobre os perigos do comércio de animais de estimação ilegais.

A bióloga Isabelle Corrales Nunes, coordenadora do Cetas Juréia-Peruíbe, trouxe à tona uma questão preocupante: o comércio irregular de animais de estimação. Essas práticas, embora comuns, podem representar sérios riscos ao meio ambiente. Em uma reflexão sobre a situação atual, Nunes destaca o caso da cobra-do-milho, uma espécie americana frequentemente criada como pet, mas que também é alvo de comércio ilegal.

Os riscos do comércio ilegal

O comércio de animais silvestres é um problema crescente no Brasil, onde muitas espécies são capturadas de seus habitats naturais e vendidas de maneira clandestina. Essa prática não apenas prejudica a biodiversidade local, mas também pode ocasionar desastres ecológicos. A bióloga Isabelle Corrales Nunes afirmou: “O comércio irregular é um dos grandes problemas que enfrentamos hoje em dia. Animais silvestres, como a cobra-do-milho, são retirados de seu ambiente natural e, em muitos casos, não sobrevivem em cativeiro.”

O que é a cobra-do-milho?

A cobra-do-milho (Elaphe guttata), uma espécie originária dos Estados Unidos, é conhecida por sua coloração variada e pela falta de veneno, o que a torna uma opção popular entre os amantes de animais de estimação. No entanto, mesmo sendo uma cobra inofensiva, sua presença fora do ambiente natural pode ter impactos significativos no ecossistema local, especialmente se houver uma introdução acidental dessas cobras em ambientes onde não pertencem.

Consequências da invasão de espécies

Quando espécies não nativas, como a cobra-do-milho, são introduzidas em um novo habitat, elas podem competir com espécies locais por recursos, causar desequilíbrios ecológicos e, em alguns casos, levar à extinção de espécies nativas. O relato de uma cobra-do-milho encontrada em um motor de carro no litoral de São Paulo, como mencionado no portal de notícias G1, ilustra bem esse ponto. A aparição inesperada desse animal em um ambiente urbano é um lembrete de que o comércio irresponsável de animais de estimação pode levar a consequências imprevistas e até desastrosas.

A importância da conscientização

Conscientizar o público sobre os riscos do comércio ilegal de pets é crucial. Campanhas educativas que abordem não apenas os direitos dos animais, mas também os impactos ambientais de manter animais silvestres em cativeiro, são essenciais para mudar comportamento e promover a proteção da biodiversidade. Isabelle Corrales Nunes e sua equipe no Cetas Juréia-Peruíbe implementam diversas ações, como palestras e workshops, para alertar a população sobre esses riscos.

Como agir corretamente

Aqueles que desejam ter um animal de estimação devem optar por espécies que são legalmente comercializadas e que não ameaçam a biodiversidade local. Consultar organizações ambientais e adotar animais de abrigo são opções viáveis que ajudam a garantir a proteção às espécies nativas. Além disso, é fundamental que a população denuncie casos de comércio ilegal de animais silvestres, colaborando assim para a preservação do meio ambiente.

O compromisso com a proteção da natureza deve ser um esforço compartilhado. Ao cuidarmos do nosso planeta e das criaturas que nele habitam, preservamos não apenas a nossa biodiversidade, mas também garantimos um futuro sustentável para as próximas gerações.

A crescente preocupação com questões ambientais, como o comércio irregular de pets, nos leva a refletir sobre nossos hábitos e escolhas. Ao compreendermos o impacto de nossas ações, podemos tomar decisões mais conscientes e responsáveis em relação aos animais e ao meio ambiente.

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