Brasil, 10 de setembro de 2025
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Torcedor é preso por racismo contra Mbappé em Oviedo

Um torcedor do Real Oviedo foi detido por gestos e sons racistas durante partida contra o Real Madrid, em agosto.

A recente partida entre o Real Oviedo e o Real Madrid ganhou destaque não apenas pelos lances em campo, mas também pela triste realidade do racismo no futebol. Na última quarta-feira, a Polícia Nacional da Espanha prendeu um torcedor do Real Oviedo acusado de fazer gestos e emitir sons racistas dirigidos ao atacante Kylian Mbappé, em uma demonstração clara de discriminação durante o Campeonato Espanhol.

Atos racistas nas arquibancadas

O incidente ocorreu no dia 24 de agosto, durante a segunda rodada da competição, no Estádio Carlos Tartiere. O torcedor foi identificado graças a um programa da Movistar TV, chamado El Día Después, que exibiu imagens do momento em que as ofensas aconteceram. Além disso, a Delegacia de Polícia das Astúrias confirmou que os sons de imitação de macaco foram registrados em pelo menos dois momentos distintos da partida.

Essas atitudes não passaram despercebidas. Durante a comemoração do gol de Mbappé, um som característico, proveniente das arquibancadas, pôde ser ouvido de forma clara. Embora não tenha se tratado de um coro geral, a natureza isolada do ato foi suficiente para que as autoridades o identificassem e agissem de acordo.

Consequências legais

Após ser detido, o torcedor prestou depoimento na delegacia e foi levado ao Juizado de Primeira Instância de Oviedo. Este tipo de conduta, que atenta contra a integridade moral e promove ódio, pode resultar em sanções severas. O homem foi indiciado pela Lei contra a Violência, Racismo, Xenofobia e Intolerância no Esporte, que impõe multas que variam de 60.000 a 650.000 euros (cerca de R$ 381 mil a R$ 4,1 milhões) em caso de infrações consideradas muito graves.

Além disso, ele pode enfrentar a proibição de acesso a estádios, o que vale tanto para concursos esportivos quanto para outras atividades relacionadas. O caso também foi encaminhado à Promotoria Delegada de Proteção Penal para a Igualdade e Contra a Discriminação. Esta promotoria é responsável por lidar com crimes motivados por ódio e, de acordo com o Código Penal, tais atos podem resultar em penas de até três anos de prisão.

Futebol e racismo: uma batalha contínua

Infelizmente, episódios de racismo no futebol europeu não são uma novidade. Cada vez mais, a comunidade esportiva, incluindo clubes, jogadores e torcedores, tem se mobilizado contra essas práticas que mancham a beleza do esporte. Organizações e campanhas têm sido implementadas para educar e conscientizar sobre o grave impacto desse tipo de discriminação.

No entanto, a luta ainda é longa. Enquanto a sociedade continua a se confrontar com essas questões profundas, é essencial que as medidas tomadas sejam rigorosas e que haja consequências reais para aqueles que perpetuam o racismo. O futebol, que deveria ser um espaço de união e celebração da diversidade, ainda enfrenta resistência diante de velhos preconceitos.

O episódio em Oviedo serve como um lembrete de que a mudança deve ser uma prioridade, tanto dentro quanto fora dos campos. A mensagem é clara: o racismo não terá lugar no futebol, e todos devem trabalhar juntos para garantir que o esporte promova inclusão e respeito.

A situação em Oviedo reitera a necessidade de formar uma cultura de respeito entre o público e os jogadores, e que medidas severas sejam aplicadas a todos que optarem por desrespeitar esse valor.

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