A trágica morte de Marilha Menezes Antunes, uma jovem de 28 anos, durante um procedimento estético no Hospital Amacor, localizado em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, gerou indignação e preocupação entre os moradores da região. Marilha sofreu uma parada cardiorrespiratória durante a lipoaspiração, e a equipe médica não conseguiu reanimá-la, resultando em um trágico desfecho para um sonho que ela havia nutrido por meses.
Entenda o caso
De acordo com o laudo preliminar do Instituto Médico-Legal (IML), a causa da morte foi um acidente cirúrgico que resultou em hemorragia interna, identificado como uma “ação perfurocontundente” no rim. A situação levou o Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) a abrir uma sindicância para investigar a clínica e as circunstâncias em torno da morte de Marilha.
Quem era Marilha?
Marilha Menezes Antunes era formada em Gestão de Recursos Humanos e trabalhava como técnica de segurança do trabalho em uma companhia aérea, onde tinha a oportunidade de viajar para diversos lugares. Natural da Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, Marilha era uma mãe apaixonada, tendo um filho de apenas 6 anos. Sua irmã, Lea Carolina Menezes Antunes, compartilha um pouco sobre a personalidade vibrante de Marilha: “Ela amava viajar, tinha facilidade para isso, e levou o filho para conhecer lugares incríveis. Ela queria proporcionar experiências memoráveis para ele”.
Nos últimos anos, Marilha explorou diversos países, incluindo Portugal, Itália, França e México, e também havia conhecido várias regiões do Brasil. A decisão de realizar um procedimento estético veio após a recomendação de uma amiga, que lhe indicou um médico em Campo Grande. A cirurgia estava planejada como um presente de aniversário, uma forma de celebrar seus 28 anos.
Preparativos e decisão pela cirurgia
A decisão de realizar a cirurgia foi cuidadosamente ponderada por Marilha, que fez todas as pesquisas necessárias antes de marcar a data do procedimento. Ela e sua irmã conversaram longamente sobre a cirurgia, e Lea diz que Marilha estava confiante em sua escolha: “Ela tinha pesquisado, sentia confiança no médico e estava animada. Ela fez aniversário no dia 1º e tirou férias para se submeter à cirurgia.”
Tentativa de salvamento
Após a parada cardiorrespiratória, os médicos do hospital tentaram rapidamente reanimar Marilha. A equipe médica entubou a jovem, e Lea acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para uma assistência mais avançada. Infelizmente, todos os esforços foram em vão, e Marilha não sobreviveu.
Investigação e repercussão
O caso foi registrado na 35ª DP (Campo Grande) e posteriormente encaminhado à Delegacia do Consumidor (Decon), onde as investigações sobre as circunstâncias da morte estão em andamento. A situação levanta questionamentos sobre a segurança dos procedimentos estéticos realizados em clínicas e a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa nessa área.
Despedida e legado
O velório de Marilha está marcado para esta quarta-feira (10), no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, onde amigos e familiares poderão prestar suas últimas homenagens. A tragédia deixou todos abalados, especialmente sua família, que perdeu uma filha, irmã e mãe.
Esse triste episódio destaca a importância de se refletir sobre a segurança e os riscos envolvidos em procedimentos estéticos, além de apontar a necessidade de discutir a responsabilidade das instituições de saúde em garantir a segurança dos pacientes.
Marilha será lembrada não apenas por sua alegria e amor pela vida, mas também pela necessidade de conscientização sobre os perigos que podem existir nos procedimentos cirúrgicos. A perda dela serve como um alerta a todos que consideram se submeter a cirurgias estéticas.
