Brasil, 10 de setembro de 2025
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MP eleitoral denuncia 8 por compra de votos em Belford Roxo

Ministério Público Eleitoral denuncia esquema de compra de votos na eleição de 2024 em Belford Roxo, envolvendo candidatos e cabos eleitorais.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) de Minas Gerais deu início a um caso alarmante envolvendo a compra de votos nas eleições municipais de 2024 em Belford Roxo, denunciando oito pessoas por associação criminosa e corrupção. Entre os acusados, destaca-se o candidato a vereador Markinho Lage, do Partido Social Democrático (PSD). A denúncia também envolve Waguinho, ex-prefeito da cidade e um dos cabos eleitorais chave na campanha de Lage.

O esquema de compra de votos

A investigação do Ministério Público revelou a troca de mensagens entre os membros da campanha de Lage nos dias que antecederam a eleição, o que acabou revelando um esquema que operava de forma alarmante. Em conversas expostas pela promotoria, é possível notar a clara intenção de cooptar eleitores com ofertas de pagamento por seus votos, em troca de R$ 100.

Rayane Romão Alves, uma das participantes do grupo, aparece em mensagens que deixam pouco à imaginação sobre suas intenções eleitorais. “Vende o voto aí para mim”, diz ela a um eleitor, seguindo com o oferecimento de “Marquinho é (R$) 100” para outro. Essa abordagem direta e irresponsável demonstra como a corrupção estava enraizada na campanha.

Provas e estratégias de coação

Cabe mencionar que os eleitores envolvidos eram obrigados a filmar seu voto na urna eletrônica – um ato ilegal no Brasil – e enviar o vídeo como prova, para poder receber a quantia prometida. O promotor Eduardo Pinho salientou que esse tipo de prática não é um caso isolado e que tal comportamento compromete não apenas a integridade do processo eleitoral, mas também o futuro da política local.

“Pela experiência, não é um caso isolado. Então isso, obviamente, dificulta a sociedade de cobrar serviços públicos e exigir que seus políticos exerçam suas funções de maneira adequada, pois são pessoas que estão sendo eleitas com base em dinheiro, no momento do maior exercício de cidadania, que é o voto”, afirmou Pinho.

Consequências para os envolvidos

A situação se complicou ainda mais para os envolvidos quando a ex-secretária da Mulher em Belford Roxo, Priscila Musser, também tentou uma vaga como vereadora pelo Republicanos e, assim como Lage, não obteve o sucesso esperado, recebendo apenas 1,6 mil votos, o que causou descontentamento entre os apoiadores.

Após a divulgação dos resultados, integrantes do esquema de compra de votos foram vistos em uma conversa que demonstrava extrema frustração. “Deu m***. A Priscila mandou mensagem esculachando a gente aqui falando que os votos que ela comprou não caiu nenhum, de ninguém. E eu preciso que você me mande todos os seus canhotos para a gente estar imprimindo aqui para levar lá para ela”, disse uma integrante sobre a situação.

Desesperança e tentativas de justificação

Em meio à derrota, uma das responsáveis por cooptar os eleitores procurou Priscila Musser um dia após a eleição, tentando se justificar e garantir que tinham as provas de sua suposta “correção” no processo. “Tenho todos os comprovantes, foto da urna, a gente te prova. Somos muito corretos”, insistiu, revelando a profundidade do desespero em meio a um esquema que não apenas destruiu a confiança no processo eleitoral, mas também expôs a vergonha da corrupção enraizada.

Esse escândalo não apenas mancha a reputação dos envolvidos, mas também levanta questões sérias sobre a perpetuação dessa prática condenável em Belford Roxo. O ministério público atua em busca de justiça, esperando, ao menos, que essa denúncia sirva como um alerta para a necessidade de reformas significativas no sistema eleitoral brasileiro, a fim de recuperar a confiança da população nas instituições.

À medida que o caso avança, a sociedade aguarda ansiosamente por desenvolvimentos, torcendo para que as autoridades tomem medidas decisivas para punir aqueles que mancham a democracia com práticas corruptas e imorais.

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