Durante uma visita ao teste de interligação do estado de Roraima ao sistema elétrico nacional nesta quarta-feira, o presidente Lula fez uma crítica direta ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração ocorreu na sede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em Brasília, após o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comentar que os Estados Unidos não possuem um sistema interligado como o brasileiro.
Lula convida Trump a conhecer o sistema interligado do Brasil
Ao comentar a diferença entre os sistemas elétricos dos dois países, Lula afirmou: “Ao invés do Trump ficar brigando com a gente, ele poderia vir conhecer o nosso sistema interligado. Ele ia perceber que isso é muito melhor para os EUA do que ficar brigando com a gente, que não quer brigar.”
A fala de Lula veio após a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, defender que o governo Trump estaria disposto a usar “meios militares” para proteger a liberdade de expressão mundial, em resposta a uma possível condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula aproveitou para reforçar a soberania brasileira e convidou Trump a visitar o país.
Inauguração da linha de transmissão entre Roraima e o Sistema Interligado Nacional
Na ocasião, Lula também inaugurou uma nova linha de transmissão que conecta Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A obra, conhecida como Linhão Manaus-Boa, substitui usinas termelétricas por energia hidrelétrica proveniente do Amazonas, fortalecendo a integração elétrica brasileira.
Segundo informações do governo, até então o abastecimento do estado de Roraima dependia da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), um subsídio para os sistemas isolados. Com a nova interligação, espera-se uma redução superior a R$ 500 milhões ao ano nesse custo, beneficiando economicamente o país.
Reforço na soberania e no desenvolvimento energético
Na fala, Lula destacou a importância da soberania brasileira ao afirmar que, se Trump visitar a COP 30, será necessário mostrar o painel de energia do Brasil para que perceba que o país acredita na sua capacidade e é dono do seu destino energético. “Nós somos um país soberano e temos que mostrar nossa força”, concluiu.
A integração energética concluída representa o último passo para completar o mapa energético brasileiro, promovendo maior estabilidade e economia no setor. A obra reforça o compromisso do governo com a diversificação da matriz elétrica e a redução de custos.
Mais detalhes sobre o evento podem ser acessados na reportagem do O Globo.