Brasil, 10 de setembro de 2025
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Lindbergh Farias minimiza ameaça militar dos EUA em relação ao Brasil

Líder do PT na Câmara criticou declaração da Casa Branca e reafirmou resiliência do país frente à pressão externa.

Em meio a crescentes tensões políticas, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Faria (PT-RJ), fez declarações contundentes nesta quarta-feira (10/9) sobre a ameaça de intervenção militar dos Estados Unidos, que surgiu como resposta ao julgamento de Jair Bolsonaro (PL). Para Farias, essa postura é nada mais do que uma “bravata” e reiterou que as instituições brasileiras não se deixarão intimidar.

A resposta de Lindbergh Farias

Em um vídeo em suas redes sociais, Farias declarou: “Essa bravata da família Bolsonaro não intimida o Brasil, não intimida as nossas instituições. Sigamos o julgamento! É sem anistia”. A declaração vem em um contexto onde as articulações políticas estão aquecidas, especialmente com a família Bolsonaro buscando apoio internacional em suas disputas judiciais.

Contexto da ameaça militar

A pressão internacional ganhou força após a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmar que os Estados Unidos estão dispostos a usar forças militares “para proteger a liberdade de expressão” no Brasil. Esta declaração provocou reações instantâneas no governo brasileiro, que viu na fala uma tentativa de ingerência em assuntos internos.

O deputado Lindbergh Farias também associou esta possível intervenção à articulação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, atualmente vivendo nos EUA. Desde o início deste ano, Eduardo tornou-se alvo da Justiça brasileira e, segundo Farias, estaria instigando a interferência estrangeira.

A posição do governo brasileiro

Em resposta à declaração da Casa Branca, o Itamaraty emitiu uma nota oficial, condenando as falas da porta-voz dos EUA. A nota afirmava: “O governo brasileiro condena o uso de sanções econômicas ou ameaças de uso da força contra a nossa democracia. O primeiro passo para proteger a liberdade de expressão é justamente defender a democracia e respeitar a vontade popular expressa nas urnas”.

O governo também ressaltou que não se deixará intimidar por forças antidemocráticas que buscam instrumentalizar governos estrangeiros. Essa declaração deixa claro que o Brasil pretende manter sua soberania e a integridade das instituições democráticas, apesar das pressões externas.

Implicações da tensão internacional

A relação entre EUA e Brasil nunca foi tão tensa, especialmente após a eleição do presidente Lula, que tem buscado consolidar uma política externa independente. Além disso, a possível intervenção militar não é uma questão nova, mas tem ganhado força com o aumento das tensões políticas e sociais no país, especialmente em contexto de julgamentos polêmicos e decisões judiciais envolvendo figuras proeminentes como o ex-presidente Bolsonaro.

Especialistas alertam que essa situação pode gerar um efeito domino, não apenas na política interna, mas também nas relações do Brasil com outras nações. Preocupa-se que a insistência por uma presença militar americana possa ser vista como um desrespeito à autodeterminação do Brasil e suas instituições democráticas, levando a um fortalecimento de movimentos nacionalistas e populistas.

O que está em jogo

A situação atual não é apenas um reflexo das tensões políticas, mas também uma oportunidade para o Brasil reafirmar sua posição no cenário internacional. A declaração de Lindbergh Farias e a resposta do governo brasileiro mostram que, apesar das ameaças externas, há uma forte disposição para proteger as conquistas democráticas e a autonomia nacional.

Como a história tem mostrado, é nos momentos de crise que a resiliência das instituições e a vontade popular se destacam. O Brasil, com sua rica diversidade e pluralidade, precisa se manter firme diante das adversidades e seguir em frente, preservando a democracia e a liberdade de expressão, que são direitos fundamentais garantidos pela Constituição.

Por fim, o desenrolar desses acontecimentos será crucial para a proximidade do Brasil com as potências mundiais e para o fortalecimento de um discurso que valorize a soberania em tempos de globalização e interferência externa.

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