Brasil, 11 de setembro de 2025
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Kamala Harris critica a decisão de Joe Biden de se candidatar à reeleição

Kamala Harris revelou, em seu livro “107 Days”, que considerou a decisão de Joe Biden de se candidatar à reeleição em 2024 uma “recklessness” (negligência). Ela afirmou que a complexidade do momento exigia mais cautela, especialmente devido à idade e às condições físicas do presidente, que completará 82 anos em novembro.

A decisão de Biden e as preocupações de Harris

Segundo Harris, a escolha de Biden de entrar na corrida presidencial foi feita mais pelo desejo de sua equipe do que por uma avaliação aprofundada dos riscos envolvidos. “Apostar na ambição pessoal de Biden sem considerar o peso da responsabilidade foi uma decisão que eu considero de risco excessivo”, escreveu a vice-presidente na obra, prevista para lançamento em 23 de setembro.

Ela admitiu que, talvez, devesse ter conversado mais abertamente com Biden para convencê-lo a não concorrer, mas acreditava que ele confiava na decisão do eleitorado. “Isso pareceria um ato de dissimulação, e a última coisa que queria era parecer dissonante com a vontade do povo”, explicou.

Sobre a saúde de Biden e seu desempenho público

Harris reforçou que não acredita que Biden seja fisicamente ou mentalmente incapacitado para atuar como presidente. “Em seus piores dias, ele demonstra mais conhecimento, discernimento e compaixão do que Donald Trump em seus melhores momentos”, afirmou. Contudo, destacou que sua idade se manifesta na fadiga e nos tropeços verbais, como na debate de junho contra Trump.

“Se eu achasse que ele não pudesse exercer o cargo, teria dito. Meu compromisso é com o país, acima de conceitos pessoais”, declarou Harris, destacando sua lealdade ao presidente e à nação.

Interações com a equipe de Biden e ataques à sua figura

Harris também abordou a dificuldade de lidar com ataques de meios de comunicação, incluindo Fox News, que criticaram, entre outras coisas, sua personalidade e sua suposta contratação por questões de diversidade e inclusão. Segundo ela, a equipe de Biden raramente a defendia ou contrapartia as notícias negativas.

“O núcleo de comunicação tinha uma equipe grande, mas toda tentativa de defesa era quase impossível. Muitas vezes, percebia que o próprio círculo de Biden alimentava narrativas desfavoráveis contra mim”, revelou. Ela acredita que essa postura tinha como objetivo impedir que ela tomasse destaque, de modo a preservar a imagem e a autoridade do presidente.

Importância da visibilidade de Harris e o impacto no governo

Apesar das dificuldades, Harris reforçou que sua atuação era fundamental para mostrar que a decisão de Biden em busca da reeleição tinha respaldo na capacidade de seu governo. “Se minha visibilidade aumentasse, refletiria positivamente na avaliação de Biden”, afirmou. “Eles não entenderam que meu sucesso era, na verdade, uma forma de fortalecer a imagem dele.”

Perspectivas futuras e o legado de Harris

O livro “107 Days” traz uma visão íntima e crítica da campanha presidencial de Harris e do momento político dos Estados Unidos. A publicação promete provocar debates sobre as estratégias do democratas e a liderança de Biden, especialmente diante do cenário de alta idade do presidente.

Até o momento, representantes de Joe Biden não se pronunciaram. A obra será lançada oficialmente em 23 de setembro e, segundo Harris, ela continuará defendendo seus princípios e o compromisso com o país, independentemente de desentendimentos internos ou obstáculos na administração.

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