As eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026 chegaram ao fim nesta terça-feira, trazendo um panorama diversificado de resultados e perspectivas para as seleções. A Argentina, atual campeã mundial, confirmou seu favoritismo; enquanto o Brasil deixou dúvidas sobre sua performance. O Equador manteve-se em ascensão, e a Bolívia surpreendeu ao garantir uma chance de playoff. Vamos explorar os principais destaques dessa competição acirrada.
Argentina: confiança em alta
A seleção argentina, comandada por Lionel Scaloni, demonstrou um futebol sólido e consistente, garantido a classificação com quatro rodadas de antecedência. Com 38 pontos em 18 partidas, a equipe mostrou-se dominante ao longo do torneio, selando sua vaga para competir nos Estados Unidos, México e Canadá, onde defenderá o título conquistado em 2022 no Catar.
O astro Lionel Messi, aos 38 anos, destacou-se como artilheiro da competição, anotando oito gols. “Temos um time bastante equilibrado”, enfatizou Scaloni, refletindo a confiança da seleção. A Albiceleste encerrou as eliminatórias com uma linha de defesa forte e um ataque eficiente, evidenciando sua determinação em permanecer entre os grandes do futebol mundial.
Brasil: inconsistência e desafios
Por outro lado, o Brasil enfrentou uma trajetória tumultuada. Após uma série de alterações na comissão técnica, o italiano Carlo Ancelotti assumiu em junho, mas a seleção não conseguiu encontrar a estabilidade desejada. Com duas vitórias, um empate e uma derrota, o Brasil terminou em quinto lugar, somando 28 pontos, uma performance aquém das expectativas habituais.
“O mais importante é o que vai acontecer na Copa do Mundo”, argumentou Bruno Guimarães, destacando a necessidade de foco nos próximos desafios. A equipe precisará superar limitações e inconsistente para ter sucesso em 2026, especialmente diante da dependência de Neymar, que teve um papel limitado nas eliminatórias.
Equador: crescimento em ascensão
O Equador, apesar de uma penalização inicial de três pontos, terminou a competição em segundo lugar, alcançando 29 pontos e confirmando sua posição como uma equipe em crescimento. Jovens talentos como Moisés Caicedo e Piero Hincapié foram fundamentais para a boa performance, contribuindo tanto na defesa, que sofreu apenas cinco gols, quanto no ataque, que, no entanto, ainda deixa a desejar com apenas 14 gols marcados.
“Estamos no caminho certo”, afirmou o técnico Sebastián Beccacece, destacando a trajetória positiva da seleção equatoriana ao longo das eliminatórias.
Colômbia e Uruguai: desafios à vista
Ambas as seleções, Colômbia e Uruguai, começaram as eliminatórias de forma promissora, mas enfrentaram dificuldades na sequência. Ambos terminaram com 28 pontos e precisam se reorganizar para brilhar na Copa do Mundo. O técnico Néstor Lorenzo reconheceu a necessidade de melhorar a defesa e a concentração da equipe colombiana, que sentiu a falta de um centroavante confiável.
O Uruguai, agora sob o comando de Marcelo Bielsa, tenta recuperar seu prestigioso passaporte para a elite do futebol, apostando em um meio-campo forte, mas com a preocupação ainda em suas fraquezas defensivas.
Bolívia: a surpresa das eliminatórias
Com uma surpreendente recuperação sob o comando de Oscar Villegas, a Bolívia garantiu uma vaga nos playoffs, superando um início desastroso. A seleção aproveitou a altitude de El Alto e conseguiu emplacar vitórias importantes, incluindo uma sobre o Brasil. Este será o primeiro playoff da Bolívia em 32 anos, um feito que promete trazer euforia ao país.
Venezuela, Peru e Chile: o futuro incerto
Por outro lado, a Venezuela terminou a competição sem conquistar uma vaga, mantendo-se como a única seleção da Conmebol a jamais participar de uma Copa do Mundo. Deliberadamente eliminados, Peru e Chile enfrentam um futuro nebuloso, sem a presença de talentos emergentes nas suas fileiras. “Felizmente, esse pesadelo acabou”, admitiu o zagueiro peruano, refletindo a frustração coletiva em relação à atual geração.
As eliminatórias sul-americanas são um microcosmo do futebol da região, mostrando a combinação de talento, resiliência e desafios. À medida que a Copa do Mundo de 2026 se aproxima, as nações buscarão se unir para escrever novos capítulos na história do futebol.