Brasil, 10 de setembro de 2025
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CDBs do Banco Master disparam após rebaixamento da Fitch

As taxas dos CDBs do Banco Master aumentaram após rebaixamento pela Fitch, refletindo incerteza e queda na avaliação do mercado

As taxas dos Certificados de Depósito Bancário (CDBs) do Banco Master subiram significativamente nesta quarta-feira, após a agência Fitch rebaixar a nota de longo prazo do banco de B+ para B-. A mudança ocorreu em meio à piora na percepção de risco do mercado, que tenta precificar a instabilidade e as dificuldades de captação do banco.

Impacto do rebaixamento da Fitch nos investimentos

A nota do Banco Master foi reduzida em dois níveis pela Fitch, que afirmou que a revisão reflete o cenário de risco traçado em abril, com possibilidade de que a transação com o BRB não seja aprovada. Segundo a agência, isso aumenta a pressão sobre a liquidez do banco e seu acesso ao mercado de captação.

De acordo com a Fitch, a incerteza sobre a estabilidade e o custo de captação do banco aumenta, podendo levar ao encurtamento de prazos e condições mais restritivas para futuras captações. Para investidores, essa etapa gera forte preocupação, especialmente em relação à sustentabilidade financeira do banco.

Juros elevados refletem venda de CDBs no mercado secundário

Nesta manhã, os CDBs do banco eram negociados com forte desconto, o que elevava as taxas de rendimento. No ambiente de plataformas como a XP, títulos eram marcados como “de risco”, com ofertas rendendo até 180% do CDI e prêmios de 29% sobre o IPCA ou taxas fixas de 32% ao ano.

A última emissão de CDBs pelo Banco Master ocorreu há quatro meses, com vencimento em 2027. Segundo especialistas, a alta nas taxas está relacionada à indefinição provocada pela situação do banco.

Indefinição e riscos: opiniões de especialistas

Rafael Dadoorian, responsável pela mesa de renda fixa na Convexa Investimentos, explicou que o movimento reflete o cenário de incerteza. “Os investidores, diante da dúvida sobre a possibilidade de resgate pelo FGC ou novas intervenções, preferem vender, elevando as taxas”, afirmou.

Já Eduardo Bruzzi, sócio do BBL Advogados, destacou que investidores com volumes superiores a R$ 250 mil podem estar vendendo títulos para manter aplicação dentro do limite de cobertura do FGC, que é de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ. “Quem está acima desse valor pode estar liquidando títulos para evitar perdas elevadas, já que valores acima do limite não têm garantia”, afirmou.

Reação do mercado e avaliação institucional

Em decorrência da redução de nota, muitos fundos e investidores institucionais podem estar vendendo CDBs do Master para ajustar suas carteiras, uma vez que a nota mais baixa indica maior risco de inadimplência e reduz a atratividade dos papéis.

Segundo o diretor do Banco Central Galípolo, o caso do Banco Master não representa risco à estabilidade do sistema financeiro, após a rejeição da operação com o BRB. “Ainda assim, a situação reforça a necessidade de atenção dos investidores ao risco de crédito”, afirmou.

Para mais detalhes, consulte o artigo completo na Globo.

Quem investiu em CDBs do banco até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ permanece coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante o retorno do valor aplicado em caso de insolvência, mantendo os rendimentos esperados na data do resgate.

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