Com a imposição de tarifas de 50% pelos Estados Unidos no início de agosto, o Brasil, maior produtor mundial de café, viu suas exportações sofrerem uma queda considerável para o mercado americano, enquanto aumentaram significativamente para México e Colômbia. Os embarques para o México cresceram 90% em agosto em comparação ao mesmo período do ano passado, tornando-se o terceiro maior importador do café brasileiro, conforme dados do Cecafé. Já as exportações para a Colômbia aumentaram mais de seis vezes no mês, sinalizando uma mudança no padrão comercial.
Impacto das tarifas nos Estados Unidos e mudanças de mercado
Antes das tarifas, um terço do café não torrado importado pelos EUA vinha do Brasil. Após a tarifa, os embarques brasileiros para o país caíram 46,5%, o que levou o Brasil a perder o título de maior fornecedor de café para a Alemanha. Segundo o Cecafé, os Estados Unidos deixaram de ser o principal destino do café brasileiro, abrindo espaço para novos mercados emergentes.
Mexicanos abrem espaço para o Brasil no mercado de café
Além do aumento expressivo nas exportações ao México, uma comitiva brasileira liderada pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, visitou o país na semana passada em busca de ampliar a presença brasileira no setor. A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, também demonstra interesse em aumentar a relação comercial com o Brasil, que é uma potência em commodities, especialmente em café.
Colômbia se consolida como novo destino para exportações brasileiras
As exportações para a Colômbia, que também é um grande produtor de café, tiveram um crescimento de mais de seis vezes em agosto, revelando uma mudança importante no comércio exterior do Brasil. A Colômbia é considerada a principal candidata a substituir o Brasil como fornecedor de café para os EUA, uma vez que ocupa a segunda colocação no ranking de produção de grãos arábica, de alta qualidade.
Pandemia de tarifas e perspectiva para o mercado de café
A imposição das tarifas de Donald Trump no início de agosto marcou uma virada na dinâmica de comércio do café brasileiro, tradicionalmente dominado pelos EUA. A estratégia do Brasil agora é fortalecer as relações com países vizinhos e buscar novos mercados, como o México e a Colômbia, que oferecem potencial de crescimento e maior estabilidade no fornecimento. Segundo especialistas, essa mudança pode acelerar a diversificação das exportações brasileiras de commodities.
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