A recente audiência no Congresso dos Estados Unidos trouxe à tona revelações impactantes sobre o fenômeno dos OVNIs, com veteranos militares testemunhando que não apenas avistaram naves não identificadas, mas que também o governo teria tentado encobrir essas informações. Essa audiência foi a terceira desde 2023 focada em fenômenos anômalos não identificados (UAPs), novo termo utilizado para referir-se aos famosos UFOs.
Testemunhos de veteranos
Na manhã de terça-feira, três ex-militares da Marinha e da Força Aérea apresentaram suas declarações na Colina do Capitólio. O congressista Eric Burlison, do Missouri, trouxe à luz uma gravação nunca antes vista de um UFO sendo atingido por um míssil Hellfire de um drone militar dos EUA, em 30 de outubro de 2024. O vídeo mostrava o míssil, de aproximadamente 45 kg, ricocheteando contra a misteriosa esfera, a qual continuou a se mover em alta velocidade próximo à costa do Iémen.
Jeffrey Nuccetelli, um ex-policial militar da Força Aérea com 16 anos de serviço, chamou o vídeo de “evidência excepcional” da existência de naves não identificadas. Durante seus depoimentos, Nuccetelli e outros veteranos contaram sobre sua experiência com vários tipos de aeronaves estranhas enquanto estavam em serviço. Entre as descrições estavam gigantescos triângulos, cubos luminosos maiores que um campo de futebol e os conhecidos veículos em forma de Tic-Tac observados sobre o Oceano Pacífico.
O encobrimento do governo
Dois dos veteranos testificaram que o governo dos EUA fez tentativas de silenciar suas experiências, alegando que foram ameaçados para não revelarem suas observações e que um deles foi até mesmo blacklistado. Dylan Borland, um ex-especialista em inteligência geoespacial da Força Aérea, relatou que diversas agências governamentais bloquearam sua chance de conseguir trabalho, falsificaram documentos e manipularam sua autorização de segurança.
Por sua vez, Borland afirmou que começou a sofrer retaliação após relatar ter visto um triângulo gigantesco voando em baixa altitude sobre a Base Aérea de Langley, na Virgínia, em 2012. Ele descreveu que a grande aeronave interferia em seu telefone, não fazia nenhum som e subia rapidamente milhares de pés em questão de segundos.
O ex-militar ainda revelou que, enquanto estava envolvido no Programa de Acesso Especial (SAP), outros oficiais de inteligência também relataram problemas semelhantes após relatarem seus encontros com UFOs.
Incidentes inexplicáveis e novas revelações
Durante seu depoimento, Nuccetelli mencionou ter testemunhado cinco incidentes inexplicáveis na Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia, entre 2003 e 2005. Ele narrou avistamentos, incluindo um “quadro vermelho brilhante” pairando silenciosamente sobre locais de defesa de mísseis e um enorme navio retangular que parecia ter mais de 30 metros de comprimento.
Neste contexto, Alexandro Wiggins, um Sargento-Mor ativo da Marinha dos EUA, também fez parte dos depoentes, relatando um encontro peculiar com naves em forma de Tic-Tac enquanto estava a bordo do USS Jackson na costa da Califórnia em 15 de fevereiro de 2023. Ele descreveu como uma das naves emergiu do Pacífico e se juntou a outras três em formação de voo, movendo-se com uma velocidade incrível, sem fazer explosões sonoras ou deixar rastros, como tradicionalmente fariam aviões ou drones.
A importância dos denunciantes
A presidente da audiência, a deputada Anna Paulina Luna, revelou afirmar que um ex-líder do escritório de investigação de UAPs do Pentágono, Dr. Sean Kirkpatrick, seria um “mentiroso documentado” que minerou investigações sobre UFOs. Para trazer mais clareza, Luna se mostrou disposta a convocar Kirkpatrick para depor sobre supostos comportamentos inadequados no escritório de Análise de Anomalias de Todas as Dimensões.
Joe Spielberger, um conselheiro de políticas seniores da Project On Government Oversight (POGO), também compareceu e destacou o papel fundamental dos denunciantes na exposição de irregularidades do governo. O repórter investigativo George Knapp, da KLAS-TV em Las Vegas, que tem acompanhado as narrativas sobre UFOs há décadas, ressaltou que a opinião do público foi historicamente manipulada, mas que a Lei de Liberdade de Informação (FOIA), de 1966, permitiu a liberação de milhares de documentos anteriormente classificados.
Essas revelações não apenas trazem novos elementos à discussão sobre a existência de UFOs, mas também levantam questões sobre transparência e a segurança de quem decide reportar fenômenos não identificados.
